Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Polícia

Singeperon denuncia ausência do Estado em rebelião



Já são mais de vinte horas de tensão desde o início da rebelião no final da tarde de domingo (18.10) na Casa de Detenção Dr. José Mario Alves da Silva, o Urso Branco, quando cerca de 70 presos se recusaram a liberar 38 familiares que estavam em visita nas celas, resultando numa rebelião sem a possibilidade de controle por parte dos servidores penitenciários.Singeperon denuncia ausência do Estado em rebelião - Gente de Opinião

Havia apenas onze agentes de plantão quando iniciou o motim, e a vulnerabilidade na segurança facilitou a ação dos presos. O Urso Branco possui atualmente cerca de 650 reclusos, e, além do baixo efetivo de servidores para tentar manter a ordem entre muros, em caso de rebelião eles não têm condições de proteger, pelo menos, a própria vida – já que não há armas e equipamentos em número suficiente para esse tipo de situação.

“Os presos sabiam que não tínhamos condições de conter a rebelião, e com isso avançaram e foram dominando o presídio”, disse um agente se referindo à falta de equipamentos de segurança como munições antimotim, coletes balísticos e escudo de proteção. E ainda, a maioria dos aparatos disponível está em más condições de uso: sucateados ou com prazo de validade vencida.

O representante dos agentes penitenciários, Anderson Pereira, juntamente com os advogados sindicais Cristiano Polla e Gabriel Tomasete, acompanha a rebelião desde os primeiros momentos. Ele revelou os servidores tiveram uma experiência tensa hoje pela manhã.  “Além de não poder contar com a mínima estrutura, os servidores ainda ficaram sem qualquer informação sobre reforços”, relatou Pereira. A ação dos PMs só veio acontecer após quase vinte horas de rebelião.

Anderson também esteve com presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RO, Rodolfo Jacarandá, quando ressaltou que o SINGEPERON (Sindicato dos Agentes) vem cobrando há tempo soluções urgentes para se evitar desfechos como esse no Urso Branco. “O número reduzido de servidores, a falta de armas, de munições e de equipamentos de segurança vem sendo objeto de cobrança do Singeperon há anos”, protestou o representante.

Os agentes penitenciários programaram um movimento por soluções no sistema penitenciário de Rondônia previsto para acontecer entre os próximos dias 22 a 26. A categoria pede o aumento do efetivo de servidores e condições de trabalho nas unidades prisionais do Estado. De acordo com a diretoria do Singeperon, os servidores estão sendo obrigados a trabalhar de forma contrária à lei, e colocando as suas vidas em risco diariamente.

 


Fonte: Lucas Tatuí Libarino 

Gente de OpiniãoTerça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Polícia Militar apreende motos, armas, bloqueador de sinais e celulares roubados

Polícia Militar apreende motos, armas, bloqueador de sinais e celulares roubados

Durante a Operação Maximus, em patrulhamento na Estrada do Belmont com Lauro Sodré, policiais militares do 9º Batalhão receberam denúncia anônima in

PF desarticula esquema de tráfico interestadual de drogas envolvendo policiais em RO e na BA

PF desarticula esquema de tráfico interestadual de drogas envolvendo policiais em RO e na BA

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, (7/11), a Operação Puritas, para desarticular grupo criminoso responsável por esquema de tráfico int

Nota de Esclarecimento da Polícia Civil de Rondônia

Nota de Esclarecimento da Polícia Civil de Rondônia

A Polícia Civil do Estado de Rondônia vem a público esclarecer que, conforme sua missão institucional e compromisso com a imparcialidade, não apoia,

Gente de Opinião Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)