Quarta-feira, 25 de julho de 2007 - 11h31
Atônita, a população de Porto Velho assiste a uma nova escalada da criminalidade. Das esquinas da Avenida Petrolina, que corta os bairros Mariana e São Francisco, aos becos do Mocambo, na região central, o tráfico de entorpecentes se alastra, causando mais embates entre jovens com a Polícia, de traficantes contra traficantes, impulsionando as estatísticas de latrocínios, homicídios e da prostituição. Onde tem droga, como nos morros do Rio de Janeiro, ou nas favelas de Foz do Iguaçu, a criminalidade se espraia. Na capital rondoniense, onde existem mais de 1000 pontos identificados de vendas de drogas, não poderia ser diferente.
Afora a grave crise social, provocada pelo desemprego, cuja solução vai depender de ações do governo federal para melhorar os indicativos de qualidade de vida da população brasileira, a questão da segurança pública em Rondônia passa pela falta de união entre os governos federal, estadual e municipal. O combate a criminalidade exige atitudes coesas das três esferas, o que não tem ocorrido.
Da parte da União, precisamos de ações voltadas a repressão do tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia. Rondônia se transformou nos últimos doze meses num quintal dos cartéis dos barões do pó, como nos anos 80. Além do Ministério da Justiça não agir com mais rigor com relação ao tráfico de drogas que se agrava na região, nosso estado precisa de mais socorro quanto a permanente crise penitenciária. Afinal, Rondônia tem mais presos do que os estados do Acre, Amazonas, Amapá e Roraima juntos. A complexidade deste problema ganha mais dimensões com o barril de pólvora provocado pela existência de quase 2 mil mandatos de prisão de bandidos a solta na capital. São latrocidas, estupradores, ladrões, traficantes etc. Um coquetel explosivo.
Não bastassem as falhas originadas da União, o governo de Rondônia tem sido omisso com a porteira aberta do Complexo Penitenciário Ênio Pinheiro. Constantemente promotores tem denunciado a saída irregular de presos da Colônia Agrícola. Eles roubam e assaltam de dia e voltam a noite para dormir sob a proteção oficial. Sem conter este ralo, não há como o combate a criminalidade ser bem sucedido na capital. De nada vai adiantar gastar fortunas em armas e viaturas, com tanto bandido solto, com tanto preso que sai de dia para voltar a noite para suas celas impunes.
Também chama a atenção para a necessidade do município entrar nesta parada. Todos nós sabemos, que constitucionalmente o estado é o responsável pela questão da segurança. No entanto, os agravantes locais exigem também um esforço da Prefeitura de Porto Velho, que poderia se aliar a Lula e Cassol na luta contra o crime. A criação da Guarda Municipal, por exemplo, viria em boa hora.
Fonte: Carlos Sperança/gentedeopinião
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