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Política - Nacional

73,2% dos universitários brasileiros estudam em instituições privadas


Demétrio Weber - Agência O Globo BRASÍLIA - As instituições de ensino superior privadas respondiam por 73,2% das matrículas em 2005, enquanto o setor público de ensino superior atendia apenas 26,8% dos estudantes. É o que mostra o Censo da Educação Superior 2005, divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Educação (MEC). Do total de 4.453.156 universitários brasileiros, 3.260.967 alunos estudavam em cursos de graduação privados e 1.192.189, em instituições públicas. O censo revela que 60,1% dos estudantes freqüentavam cursos noturnos e 39,9%, cursos diurnos. No setor público, porém, 63% das matrículas eram diurnas. No privado, 68,6% eram noturnas. Pelo terceiro ano seguido, a oferta de vagas no ensino superior foi maior do que o número de concluintes do ensino médio. Em 2005, 1,8 milhão de estudantes terminaram o ensino médio. As faculdades e universidades públicas e privadas ofereceram 2,4 milhões de novas vagas. O número de vagas ociosas atingiu 1 milhão no setor privado (47,8% do total), 1.959 nas instituições federais (1,6%), 6.243 nas estaduais (4,8%) e 16.485 (28,9%) nas municipais. Em relação a 2004, o número de matrículas cresceu 6,9%. Pelo terceiro ano seguido, caiu a velocidade da expansão. No ano passado, 10,9% da população de 18 a 24 anos estava na universidade. A meta fixada pelo Plano Nacional de Educação é que, até 2011, 30% da população nessa faixa etária freqüente o ensino superior. O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o MEC estuda a ampliação do programa Universidade para Todos (Prouni) e do Financiamento Estudantil (Fies) a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo acredita que o ritmo de expansão do ensino superior vem caindo porque os alunos que terminam o ensino médio não têm condições de pagar a faculdade. A idéia é ampliar o acesso. Uma das medidas em estudo prevê que os estudantes paguem o Fies mediante a prestação de serviços na área de educação. Haddad disse também que a criação de universidades federais vai aumentar as matrículas no setor público. - É preciso repensar o modelo de expansão pelo setor privado - disse Haddad, observando que os números do censo reforçam a sua convicção de que é correto o investimento em universidades federais.

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