Quinta-feira, 22 de junho de 2017 - 21h19
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) cobrou no plenário do Senado mais ação do Congresso Nacional na busca de soluções para tirar o Brasil da crise política e econômica que atravessa. O senador disse que está cansado de ver os políticos apenas brigando, defendendo os interesses partidários, numa batalha entre governistas e oposição, que só tem prejudicado o país desde as eleições de 2014.
“Tiramos uma presidente por conta dessa briga que deixou o país ingovernável, dividiu o Congresso e a população, e desde então estamos paralisados, produzindo pouca coisa que realmente é de interesse da Nação brasileira e dos brasileiros”, disse Gurgacz. “Agora, os que antes eram a favor das reformas que o país precisa são contra as reformas e ficamos parados, apenas assistindo esse cabo-de-guerra”, ressaltou Acir.
O senador também disse que o país não pode ser governado por políticos corruptos que dão ordens de dentro dos presídios ou penitenciárias e defendeu mais rapidez nas investigações e condenações dos políticos acusados de corrupção. “Os corruptos, aqueles que já foram condenados ou que forem condenados pela Justiça, precisam ser presos e afastados da vida pública”, reforçou Gurgacz.
Para o senador rondoniense, a melhor solução para a crise é por vias democráticas e defendeu a antecipação das eleições de 2018, para dar à sociedade o poder de decidir o que ela quer para o país. “É verdade que precisamos mudar a Constituição para que isso ocorra, mas quando o Congresso quer ele faz, e podemos fazer essas mudanças em benefício do país e da democracia”, frisou Gurgacz.
Na opinião do senador, só assim será possível superar as crises política e econômica que assolam o país há três anos, desde que os derrotados das eleições de 2014 não aceitaram o resultado das urnas e fizeram de tudo para mudá-lo.
Segundo Gurgacz, por causa desse impasse, quem mais sofre é a população, com a perda de direitos, vê o aumento do desemprego, a queda da renda e a deterioração de serviços como saúde, educação e segurança.
“Se nós estamos indignados com tantas notícias sobre corrupção, imagine aquele cidadão, aquele brasileiro que perdeu o emprego, que não tem mais o seguro-desemprego que já venceu, e não consegue levar comida para sua casa, qual o sentimento dessa pessoa quando liga a televisão e ouve "é cinco milhões, são dois milhões, são compensações de dinheiro que foi levado através de acordo...". Essas pessoas ficam indignadas!”, ressaltou Gurgacz.
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