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Política - Nacional

Acusados de crime ambiental no MT têm prisão mantida


Agência O Globo CUIABÁ - A Justiça prorrogou, por mais cinco dias, as prisões dos acusados de envolvimento em um esquema de venda ilegal de Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF). Em Rondonópolis, três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram detidos na terça-feira, quando foi deflagrada a Operação Daniel, da Polícia Federal. Paulo Maurício da Silva, Luiz Carlos Alves Pires e Ronaldo Ramos são acusados de facilitar a passagem de carretas com madeira irregular. Em Pedra Preta, foi preso Lucélio Araújo da Silva, citado como intermediário das negociações com as madeireiras. A Operação Daniel foi desencadeada pela PF com a colaboração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). No total, 250 policiais federais das Superintendências de Rondônia, Roraima, Amazonas, Acre, Mato Grosso e do Distrito Federal participaram da operação. O objetivo era desarticular uma quadrilha que agia na falsificação de documentos florestais e abertura de empresas fantasmas para exploração ilegal de madeira e sonegação de impostos. A operação se estendeu pelos estados de Rondônia e Mato Grosso. De acordo com a PF, a quadrilha era integrada por empresários do ramo madeireiro, lobistas, contadores, advogados e alguns servidores do Ibama. Eles atuavam na região de Ji-Paraná, São Miguel, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Cacoal, Pimenta Bueno e outros municípios do estado de Rondônia e contavam com o suporte criminoso de policiais rodoviários federais lotados na cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso. Os policiais garantiam o escoamento pelas rodovias federais do produto florestal retirado da floresta amazônica. As investigações tiveram início em março de 2006, a partir de denúncias de um servidor do Ibama, que ao saber sobre as atividades criminosas da organização, levou ao conhecimento da Polícia Federal, cooperando com as investigações policiais. Os acusados respondem pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, violação de sigilo funcional, concussão e crimes ambientais.

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