Alcaçuz tem mortos e feridos, incluindo diretor de presídio

247 - O novo confronto entre membros de facções criminosas rivais registrado na Penitenciária de Alcaçuz, a maior do Rio Grande do Norte, deixou mortos e diversos feridos, incluindo o diretor da unidade, Ivo Freire, atingido por um tiro de raspão. Apesar da informação ter sido confirmada pela Polícia Militar, o número de vítimas não foi divulgado. Ainda nesta quinta-feira (19), Michel Temer autorizou o emprego de militares das Forças Armadas nas ruas de Natal para conter a onda de ataques que se abateu sobre a cidade desde a noite de quarta-feira. Delegacias e prédios públicos de pelos menos oito cidades potiguares foram alvos de disparos de armas de fogo e ônibus e veículos foram incendiados.

O pedido de emprego dos militares no reforço da segurança foi feito em caráter de urgência pelo governador Robinson Farias. Os novos relatos de violência em Alcaçuz apontam que os detentos teriam recomeçado o motim utilizando armas brancas e artesanais, pedras e barras de ferro. Foram ouvidos barulhos de tiros e há fumaça na parte interna da unidade prisional.

Novo confronto acontece poucas horas depois do governo transferir 220 detentos ligados a facção criminosa Sindicato do Crime RN visando evitar um novo embate com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A guerra entre as facções criminosas no Rio Grande do Norte teve início no último final de semana quando membros do PCC invadiram a ala onde ficavam os membros do Sindicato do Crime RN. Na ocaisão 26 presos morreram, a maior parte deles foi decapitada.

O Rio Grande do Norte é o terceiro estado a registrar massacres em presídios desde o começo do ano. Rebelião em Alcaçuz se soma às ocorridas no Amazonas e Roraima. Crise no sistema penitenciário já deixou mais de 130 mortos em apenas 19 dias do ano de 2017.