Após o fim da rebelião que resultou na morte de 60 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, presos de outros dois presídios da capital amazonense, o Centro de Detenção Provisória (CDP) e Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), começaram motins na tarde desta segunda-feira (2). Os detentos rebelados também seriam membros da facção criminosa Família do Norte (FDN).
Informações preliminares dão conta de que os presos do CDP têm como objetivo chegar até os pavilhões 1 e 2 aonde estão alojados estupradores e membros da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC). Policiais militares da Rocam e da Tropa de Choque já foram deslocados para o local. O CDP também fica localizado na Km 8 da rodovia federal BR-174.
Segundo informações apuradas pela reportagem, os detentos membros da FDN começaram a bater com objetos nas grades das celas do CDP para chamar a atenção e na intenção de ameaçar o contingente de 300 presos do PCC alocados nos pavilhões 1 e 2, espaços considerados mais seguros.
De acordo com familiares de detentos do CDP, que estavam do lado de fora da unidade prisional, os presos do PCC estão trancados nas celas, enquanto os internos membros da FDN estavam soltos pelos corredores e armados com armas de fogo. Porém, tal informação não foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
“Foi um princípio de rebelião, mas já está sob controle. Não houve mortes”, falou, em poucas palavras, o secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Pedro Florêncio. A Polícia Militar também informou que os incidentes já foram controlados e que não houve registros de fugas, mortos ou feridos.
Em nota, o Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança confirmou “movimentação anormal de internos” no CDP e também no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), este último onde ocorreu uma fuga em massa na tarde de ontem.
“No CDPM os internos alojados em um dos pavilhões tentaram efetuar uma fuga, sendo impedidos pelo reforço da Polícia Militar que estava empregado na unidade. No Ipat os internos se movimentaram em um ‘batidão de grade’, que foi contornado logo em seguida pela direção da unidade”, informou o comitê. A situação é considerada estável nas duas unidades.