Sexta-feira, 13 de maio de 2016 - 22h32
247 – Um grupo de artistas reagiu contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), confirmada ontem pelo presidente Michel Temer. A pasta ficará agora vinculada à Educação, sob o comando do deputado federal José Mendonça Bezerra Filho (DEM-PE).
A Associação Procure Saber — formada por músicos como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan —e o Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música (GAP) — Sérgio Ricardo, Ivan Lins, Leoni, Frejat, Fernanda Abreu e Tim Rescala, entre outros artistas — divulgaram uma carta aberta contestando a decisão de Temer.
No texto, eles ressaltam o histórico do Ministério da Cultura desde sua criação em 1985, passando pela extinção da pasta na época do governo Collor, a retomada na gestão de Itamar Franco e o crescimento ao longo dos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.
“O MinC vem se ocupando, de forma proativa, das artes em geral, do folclore, do patrimônio histórico, arqueológico, artístico e cultural do País, através de uma rede de institutos como o IPHAN, a Cinemateca Brasileira, a Funarte, o IBRAM, Fundação Palmares entre muitos outros.”
Eles afirmam que “o Ministério da Cultura não é um balcão de negócios”: “As críticas irresponsáveis feitas à Lei Rouanet não levam em consideração que, com os mecanismos por ela criados, as artes regionais floresceram e conquistaram espaços a que antes não tinham acesso.”
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