Segunda-feira, 5 de março de 2018 - 21h09
247 – Rejeitado por 96% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipsos, e primeiro ocupante da presidência na história do Brasil denunciado por corrupção e comando de organização criminosa, Michel Temer teve seu sigilo bancário quebrado por determinação do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. A decisão se estende ao homem da mala Rodrigo Rocha Loures e ao melhor amigo de Temer, José Yunes, que é seu parceiro em negócios imobiliários. Com isso, Temer pode estar prestes a ser denunciado pela terceira vez.
As informações são da jornalista Ana Clara Costa, que informa que a decisão se deu no âmbito do inquérito que investiga irregularidades na elaboração da Medida Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos, e que mais tarde deu origem ao decreto 9.048. A quebra abrange o período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017. É a primeira vez que um ocupante da presidência no exercício do mandato tem os seus dados financeiros abertos por ordem judicial.
"A decisão data do dia 27 de fevereiro. O Banco Central já distribuiu ofício em que comunica a decisão às instituições financeiras e pede providências. O ministro autorizou ainda o levantamento do sigilo bancário de João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, José Yunes, Rodrigo da Rocha Loures — todos ex-assessores do presidente —, Antonio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, esses últimos, respectivamente, dono e executivo da Rodrimar. Temer é investigado pela suspeita de ter agido para favorecer a empresa no Porto de Santos por meio do texto da MP 595", informa a jornalista.
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