Terça-feira, 4 de dezembro de 2018 - 19h23
O
presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou hoje (4), em Brasília, que a reforma
da Previdência em seu governo poderá ser aprovada em diferentes fases. Segundo
ele, há uma "forte tendência" de começar a votação pela idade mínima.
"É menos difícil de aprovar", afirmou.
"Não
adianta você ter uma proposta ideal que vai ficar na Câmara ou no Senado. Acho
que o prejuízo será muito grande. Então, a ideia é por aí, começar pela idade,
atacar os privilégios e tocar essa pauta pra frente. [O déficit da] previdência
realmente é uma realidade. Cresce ano após ano, e não podemos deixar o Brasil
chegar a uma situação como a da Grécia para tomar providência", disse.
Ele falou
que deverá manter a proposta do atual governo, que é a de uma idade mínima para
a aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
Reforma trabalhista
Bolsonaro
também falou da possibilidade de aprofundar a reforma trabalhista, aprovada em
2016, que flexibilizou direitos previstos na Consolidação da Leis do Trabalho
(CLT). Ele disse que sua equipe ainda estuda o que mais poderia ser modificado.
"Não
quero entrar em detalhes, estamos estudando. Agora, não basta você ter só
direitos e não ter emprego, esse é o grande problema que existe. (...) Alguns
falam até que poderíamos nos aproximar da legislação trabalhista que existe em
outros países, como os Estados Unidos, acho que é aprofundar demais, mas a
própria reforma trabalhista, a última que eu votei favorável, já tivemos algum
reflexo positivo: o número de ações trabalhistas praticamente diminuiu à
metade. E hoje em dia continua sendo muito dificil ser patrão no Brasil, não há
dúvida", afirmou.
Ministério do Trabalho
O
presidente eleito disse ainda que a extinção do Ministério do Trabalho e
redistribuição de suas atribuições entre outras três pastas, no seu governo,
não vai prejudicar os trabalhadores.
“Essa
pasta do Trabalho é de recordações que não fazem bem à sociedade, ali
funcionava como um sindicato do trabalho e não como Ministério do Trabalho.
Nenhum trabalhador vai perder seus direitos, até porque todos estão garantidos
no Artigo 7 da Constituição", afirmou.
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