Quinta-feira, 25 de abril de 2024 - 18h15
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José
Roberto Tadros, se reuniu na manhã desta quarta-feira (24), em Brasília, com o
senador Alan Rick (União/AC) e os presidentes das federações do comércio de
bens, serviços e turismo dos nove estados que compõem a Amazônia Legal. A pauta
do encontro foi o enfrentamento dos principais problemas do setor aéreo na
região, que corresponde a 59% do território brasileiro, e as principais
demandas da aviação regional e nacional, com o objetivo de fomentar a
integração e operacionalização de voos regionais no País.
Na missão de atender melhor os anseios da
população brasileira, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) firmou apoio ao senador Rick, que propõe por meio do Projeto de
Lei 4388/2023 utilizar recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para
subsidiar a aquisição de querosene de aviação comercializado em aeroportos
localizados na Região Norte.
A meta é promover o desenvolvimento econômico
da região que contempla os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará,
Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso, frequentemente limitado por desafios
logísticos como acesso precário à infraestrutura de transporte como rodovias e
transporte aéreo.
Na abertura da reunião, o presidente da CNC
lembrou que a malha aérea no Brasil sofreu recessão após a pandemia da Covid-19
e que a região amazônica foi extremamente atingida. Observou ainda que a
Amazônia Legal tem a maior área de fronteiras internacionais e que a
Confederação foca atender os interesses dos empresários e da população, que
sofre com a alta dos preços das passagens aéreas e com a inexistências de
trechos regionais, que fazem fronteira.
José Roberto Tadros exemplificou situações de
voos que prejudicam o turismo e o desenvolvimento econômico, com escalas em
estados distantes para chegar a regiões fronteiriças. “Queremos desenvolver o
turismo brasileiro e integrar as promissoras regiões do país com passagens mais
baratas. Quando o passageiro vai para Brasília, pega o avião em Cuiabá e tem
que ir para São Paulo. Os viajantes de Porto Alegre reclamam e de Florianópolis,
pois, para irem de um estado a outro, precisam ir para São Paulo, explicou”.
O senador Rick destacou a necessidade de
atenção para garantir o desenvolvimento dos estados da Amazônia legal, com
capacidade para atender o fluxo do transporte aéreo do País, com passagens mais
baratas, maior oferta de voos e com uma política menos burocrática para o
seguimento.
Situação econômica da
população
O vice-presidente Financeiro da CNC, Leandro
Domingos, atentou para a situação econômica da população que mora na floresta
amazônica e vive em condições difíceis por falta de infraestrutura e de acesso
rodoviário suficiente na região.
“O interior das nossas cidades não tem
absolutamente nenhuma estrutura para dar uma condição digna de vida para essas
pessoas. Infelizmente, o acesso rodoviário à nossa região é muito precário. Por
exemplo, do segundo município nosso, estamos a 600 e poucos quilômetros de Rio
Branco. Hoje, por estrada, deve durar umas 15, 18 horas de viagem devido à
precariedade do asfalto da estrada.”
Leandro também enfatizou a alta dos preços das
passagens aéreas após o período pandêmico. “Depois da pandemia, reduziram a
frota das aeronaves de todas as companhias aéreas, os preços triplicaram, e as
empresas ainda dizem que estão com prejuízo. É uma situação muito complicada
que precisamos enfrentar e ter uma interferência política muito forte para
reverter a situação.”
Ainda na reunião, o economista-chefe da CNC,
Felipe Tavares, apresentou uma avaliação do setor aéreo brasileiro e como é
possível garantir o seu dinamismo a preços menores.
Tavares elencou as propostas da CNC para o
setor, que são: direcionamentos legais para indenizações, sanções e
penalidades; garantia da livre definição de rotas e preços; isenção das
tarifas aeroportuárias; direcionamento dos recursos públicos a fim de fomentar
a agenda de concessões aeroportuárias, atraindo investimentos e gestão privada
para os aeroportos regionais; liberalização da cabotagem a empresas
estrangeiras de qualquer nacionalidade e para operar em todo o território
nacional; e fim da paridade de preços internacionais para o QAV.
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