Segunda-feira, 3 de abril de 2023 - 17h55
Para
demonstrar que as aves domésticas comerciais e de subsistência do Brasil se
encontram livres de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), o
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em conjunto com os Órgãos Executores
de Sanidade Agropecuária (OESA), intensificou as ações de vigilância para a
doença. Desde julho de 2022, já foram coletadas mais de 35 mil amostras de
soros e aproximadamente 11.200 pools de suabes de traqueia e cloaca de aves em
cumprimento ao Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
“As ações
visam detectar precocemente casos de IAAP, demonstrar a ausência da doença na
avicultura comercial e monitorar a ocorrência de cepas de influenza aviária com
importância para a Saúde Pública”, explica a coordenadora de Assuntos
Estratégicos do Departamento de Saúde Animal, Anderlise Borsoi.
As amostras
coletadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) de todos os estados são
analisadas na Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA). Até
o momento, foram realizados 10.350 ensaios a partir dos suabes e todos deram
negativos para influenza aviária.
Quanto às
amostras de soro, já foram realizados 33.236 testes de ELISA (técnica utilizada
para detectar ou medir o nível de anticorpos). Deste total, apenas 0,3% das
amostras (93) resultaram positivas para a presença de anticorpos para o vírus
influenza A. As amostras positivas foram tipificadas e anticorpos para os
subtipos H1, H9, H13 e H16 do vírus influenza A foram detectados, subtipos
estes de baixa patogenicidade e que não comprometem a avicultura nacional.
As ações de
vigilância passiva, ou seja, aquelas voltadas para a investigação de casos
suspeitos da doença, também se intensificaram. Neste ano, até 24 de março,
foram encaminhadas ao LFDA-SP, laboratório de referência nacional e
internacional para o diagnóstico da influenza aviária, 1.639 amostras coletadas
pelo SVO em atendimento a 54 casos suspeitos de influenza aviária em todo
território nacional.
“Esse número é
seis vezes maior do que o número de notificações recebidas pelo Laboratório no
mesmo período de 2022”, relata o coordenador-geral de Laboratórios
Agropecuários, Rodrigo Nazareno. Todas as amostras suspeitas analisadas pelo
LFDA-SP, que conta com estrutura biossegura nível NBA3 para manipulação deste
tipo de material, obtiveram resultados negativos para influenza aviária.
Até este momento, os
testes executados na Rede LFDA em atendimento ao Plano de Vigilância do
Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) evidenciam que, por ora, não há
circulação de influenza aviária de alta patogenicidade no território nacional
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