Quarta-feira, 19 de abril de 2023 - 16h48
Após imagens reveladas com exclusividade pela CNN que mostram o coronel Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no Palácio do Planalto durante os ataques criminosos contra os Três Poderes, o ministro pediu demissão nesta quarta-feira, 19. Ele havia se reunido nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pouco antes da CNN confirmar seu pedido de demissão. Dias era tido como um militar próximo do presidente, por ter atuado em sua segurança pessoal durante os primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também durante a campanha de Lula para as eleições de 2022.
O governo federal publicou
uma nota sobre o envolvimento de militares no 8 de janeiro, mas não falou
explicitamente sobre a demissão do coronel Gonçalves Dias
Veja a nota na
íntegra:
“A violência terrorista que se
instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um
governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da
gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que
foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.
As imagens do dia 8 de janeiro
estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado
prisões de acordo com ordens judiciais.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia
Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de
fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado
tais investigações, inclusive com a realização de prisões.
Dessa forma, todos os militares
envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no
âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.
O governo tem tomado todas as
medidas que lhe cabem na investigação do episódio.
E reafirma que todos os envolvidos
em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo
identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao
Poder Judiciário.
A orientação do governo permanece a
mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de
janeiro”.
A saída do coronel ocorre após a divulgação de vídeos exclusivos
da CNN do circuito interno de câmeras do Palácio do Planalto. Eles exibem Dias
dentro do Palácio durante o ataque aos Três Poderes que ocorreu em 8 de
janeiro, mais precisamente às 16h29.
Inicialmente, ele caminha sozinho
no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da
República, tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete.
Após alguns minutos, o ministro
aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores. As imagens sugerem
que ele indica a saída de emergência ao grupo de criminosos.
Em seguida, surgem nas imagens
outros integrantes do GSI, que parecem indicar também o caminho de saída para
os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Também é possível ver um capitão do
Exército, integrante do GSI, circulando entre alguns invasores. Em uma das
câmeras, na antessala do gabinete presidencial, ele faz um gesto a uma invasora
e abre uma porta.
O capitão do Exército aparece
conversando com alguns invasores e, em seguida, os cumprimenta com um aperto de
mão.
Outra câmera do terceiro andar, em
outro momento, registra o mesmo capitão do Exército tentando conter um dos
vândalos. No entanto, o responsável pela segurança não reage quando outro
criminoso pega um extintor de incêndio.
Segundo apuração da reportagem, o capitão do Exército e responsável pela segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, atualmente, não integra mais a equipe do GSI.
O agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, disse em entrevista à TV Globo que estava no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro para retirar os invasores golpistas de lá.
Explicação
"Eu cheguei ao palácio quando os manifestantes tinham rompido
o bloqueio militar na altura do Ministério da Justiça. A maior parte subiu pela
rampa. Como o palácio tem vidro, as pessoas quebraram os vidros. Não entraram
pelas portas. É um vidro extremamente vulnerável", afirmou Dias, que é
general.
"Eu entrei no palácio depois que o palácio foi invadido e
estava retirando as pessoas do 3º e 4º piso, para que houvesse a prisão no
2º", completou.
A presença de Dias no Planalto no dia dos atos foi divulgada mais
cedo nesta quarta em vídeo pela CNN Brasil.
As imagens mostram Gonçalves Dias e funcionários do GSI circulando
entre os invasores no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Quem é Gonçalves Dias?
Marco Edson Gonçalves Dias
é natural de Americana (SP). Ele entrou para o Exército em 1969, por meio da
Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Cursou a Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais em 1986 e a Escola de Comando e Estado Maior do Exército em 1994.
Chegou a ocupar o cargo de
Comandante da Sexta Região Militar e a comandar o 19° Batalhão de Infantaria
Motorizado. Foi alçado ao cargo de general e, atualmente, está na reserva (como
os militares chamam a sua aposentadoria).
Dentro do governo, já foi
Secretário de Segurança da Presidência da República do governo Lula e chefe da
Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
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