Sexta-feira, 19 de junho de 2009 - 06h59
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifestou ontem (18), em nota, sua indignação diante das repetidas acusações de corrupção nos Poderes, afirmando que a corrupção aumenta o fosso das desigualdades sociais como também a miséria, a fome e a pobreza. "A corrupção e a decorrente impunidade constituem grandes ameaças ao sistema democrático", diz a nota.
Os bispos que estiveram reunidos de terça-feira (16) até hoje (18) afirmaram que a corrupção além de ferir "gravemente" o princípio do destino universal dos bens, "raramente se tem notícias sobre a restituição dos recursos e bens públicos usurpados". A CNBB também afirma que a corrupção trai a justiça e a ética social e prejudica o funcionamento do Estado, além de decepcionar e afastar o povo da participação política.
A CNBB também falou do papel da imprensa nesse contexto. Segundo ela, ao mesmo tempo em que funciona como uma caixa de ressonância ao denunciar os desmandos na vida política, a mídia "pode semear na opinião pública a ideia da inutilidade do Congresso, desvalorizando a democracia". Segundo a nota, a Igreja quer colaborar para o bem comum e lembra as exigências éticas do Evangelho.
"A política é um serviço ao bem comum, na construção da sociedade justa, fraterna e solidária. Os políticos sejam pessoas dotadas de virtudes sociais, como competência, retidão, transparência e espirito de serviço, sendo os primeiros responsáveis pela ordem justa na sociedade. A superação da corrupção exige pessoas e partidos com perfil íntegro para o exercício do mandato público", diz a CNBB.
Também na nota, os bispos convocam as pessoas para que se mobilizem pela aprovação do projeto de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos (projeto Ficha Limpa) e para garantir que as eleições do ano que vem sejam regidas pela ética.
A nota com o título A Superação da Corrupção na Política: Salvaguarda da Ética e da Democracia foi aprovada hoje no encontro dos bispos do Brasil. Ela foi assinada pelo presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, pelo vice-presidente, dom Luiz Soares Vieira, e pelo Secretário-Geral, dom Dimas Lara Barbosa.
Iolando Lourenço
Agência Brasil
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