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Política - Nacional

CNI: Empresários precisam fazer interlocução com o Congresso para aprovar reformas


Martha Beck - Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente reeleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, disse nesta segunda-feira que vai trabalhar pelo crescimento econômico do país nos próximos quatro anos de seu mandato. Segundo ele, isso significa fazer uma interlocução permanente com o Congresso para aprovação de reformas como a tributária. - O Brasil está travado há mais de 20 anos e precisa de uma agenda densa de reformas para poder crescer. Está na hora de fazer mais engenharia e menos arquitetura - disse Monteiro. Segundo ele, o setor empresarial precisa fazer uma autocrítica, porque estaria faltando uma articulação para pressionar tanto o Legislativo quanto o Executivo por reformas: - Precisamos fazer mais do que fizemos. Precisamos de uma articulação empresarial com o governo e o Legislativo. Não fomos capazes de formar com a sociedade essas alianças. O Congresso e o Executivo reagem à sociedade. Monteiro também apontou a necessidade de mudanças na estrutura dos gastos públicos, que hoje consomem praticamente toda a arrecadação de impostos e contribuições e inibem os investimentos. De acordo com Monteiro, as despesas correntes não podem continuar subindo acima do Produto Interno (PIB): - Essa é a equação do baixo crescimento. O presidente da CNI ressaltou que os candidatos à Presidência da República têm ressaltado a questão fiscal em suas campanhas, mas não deixam claro o que vão fazer em relação às despesas com funcionalismo e com a Previdência Social, por exemplo. - Os candidatos falam que não vão mexer na Previdência Social, mas ela é uma das principais fontes de desajuste (nas contas públicas) - lembrou Monteiro. Ele reconheceu que a aprovação da reforma tributária será difícil, independentemente de quem seja eleito, mas disse que esse tema não pode ser partidarizado: - Seja Alckmin, seja Lula, teremos dificuldades no ambiente político, mas a sociedade precisa colocar-se nesse debate. A reforma tributária é algo que interessa ao Brasil. Se houver perdas episódicas (para alguns estados), isso pode ser compensado por algum instrumento de transição. Monteiro também disse ser contra a redução das contribuições ao Sistema S - prevista na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Segundo ele, a contribuição não é uma despesa, e sim um investimento. Para ele, se o problema é a base de cálculo da contribuição, que hoje incide sobre as folhas de pagamento das empresas e pode desestimular o emprego formal, então ela deve ser mudada. Uma opção, de acordo com Monteiro, poderia ser a base dos impostos de valor adicionado, desde que a contribuição continue a ser compulsória.

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