Sexta-feira, 13 de outubro de 2017 - 08h50
Minas 247 - A bancada do PT no Senado, que havia criticado o afastamento e o recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) diz que não manterá o apoio ao tucano, pois só votou ao lado do PSDB em prol de um princípio: o de que cabe ao Congresso deliberar sobre mandatos parlamentares.
"Existem provas muito robustas de que ele cometeu ilicitudes e procurou destruir o trabalho da Justiça. Ele agiu em discordância com o decoro e, por isso, acho que deva ser afastado de seu mandato. Este deve ser o entendimento do PT. (Antes) o PT estava ao lado de uma tese, não estava ao lado de Aécio", disse o senador Humberto Costa (PT-PE), líder da minoria no Senado.
Com a decisão do PT, Aécio que somava um apoio estimado em até 50 votos, poderá perder nove preciosos apoios, o que dificultaria a conquista dos 41 necessários para derrubar a cautelar do Supremo.
O caso Aécio já foi submetido a duas votações no plenário do Senado: uma no dia 28 de setembro para que o assunto fosse votado com urgência, quando o tucano obteve 43 votos, e outro no último dia 3, adiando a votação para a próxima terça-feira, quando se formou maioria para que o confronto fosse evitado.
O tucano Cássio Cunha Lima (PB) diz que seu partido ainda irá se reunir para definir como proceder na votação de terça-feira. Ele pontua que na votação pelo adiamento, dois tucanos votaram contrários aos interesses de Aécio, sinalizando que o caso não tem unanimidade no PSDB. "Cada cabeça, uma sentença. Não estamos fulanizando, apesar de termos de decidir sobre uma medida cautelar de um filiado do nosso partido, a Constituição é maior do que o mandato de Aécio", diz Cássio
As informações são do jornal O Globo.
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