Denúncias sobre desvios preocupam entidade que reúne ONGs

Alan Gripp - Agência O Globo BRASÍLIA - Representante de 280 entidades sem fins lucrativos com atuação desde a década de 80, a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) vê com preocupação o crescimento das denúncias de desvios de recursos e atuação política de ONGs. José Antônio Moroni, um dos diretores da associação, criada em 1991, diz que esses casos atrapalham a rotina das entidades sérias, com atuação reconhecida e sem compromisso com projetos políticos. - Esses desvios de finalidade põem todo mundo cai na mesma vala. No dia-a-dia, é preciso a todo momento estar se diferenciando, dizendo "nós não somos bem isso". As denúncias afetam a credibilidade das associação como um todo, e nós vivemos da nossa credibilidade - disse Moroni. Para associar-se a Abong, as entidades precisam se comprometer com critérios de atuação definidos em uma carta de princípios. Por essas regras, não há espaço, por exemplo, para ONGs que recebem recursos públicos e, paralelamente a sua atuação original, participam de campanhas eleitorais de um determinado candidato: - Somos radicalmente contra isso. As ONGs devem ter postura política sim, mas não cabe apoiar um ou outro candidato. É preciso manter a autonomia Embora defenda que as ONGs tenham autonomia, Moroni diz que o governo não tem estrutura para fiscalizar o repasse de recursos.

Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

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