Quarta-feira, 25 de outubro de 2017 - 16h59
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O desembargador Névton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, adiou o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de uns de seus filhos, Luiz Cláudio, previsto para o próximo dia 30 de outubro em uma das ações penais da Operação Zelotes, da Polícia Federal.
O magistrado atendeu pedido feito pela defesa de Lula. No pedido, o advogado Cristiano Zanin afirmou que o interrogatório foi marcado pela primeira instância sem que todas as testemunhas arroladas pela defesa tenham sido ouvidas no processo.
O interrogatório deve ocorrer na ação penal na qual o ex-presidente e seu filho são acusados dos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a acusação de integrarem um esquema que vendia a promessa de interferências no governo federal para beneficiar empresas.
De acordo com a denúncia, Lula, seu filho, e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni participaram de negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e na prorrogação de incentivos fiscais em uma medida provisória para prorrogação de incentivos fiscais para montadoras de veículos. Segundo o MPF, Luís Cláudio recebeu R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.
A defesa do ex-presidente sustenta que Lula e seu filho não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos. Segundo os advogados, a investigação tramitou no Ministério Público de forma oculta e sem acesso à defesa.
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