A negociação diplomática é a única saída para a questão nuclear da Península da Coreia, disse ontem (11) o embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai. Falando no 7º Diálogo Estratégico Civil EUA-China, ele disse que o assunto é, em essência, uma questão de segurança "e a chave para escapar deste dilema é considerar as preocupações de segurança legítimas de todos os lados". A informação é da agência Xinhua.
"As sanções [contra a Coreia do Norte] são necessárias, mas apenas as sanções não resolvem o problema. O impacto das sanções seria maximizado somente quando combinado com esforços mais robustos para a retomada das negociações," disse Tiankai.
Comentando sobre declarações do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que havia repetido nos últimos meses que "a política de paciência estratégica [dos EUA] acabou", o embaixador chinés disse esperar que tais afirmações se convertam em "ações proativas na frente diplomática, e não em impaciência estratégica".
"Agora, há pedidos de ações militares. A posição da China sobre isso é firme e clara. Nunca permitiremos que a guerra ou o caos surjam na península coreana. O custo seria muito alto para qualquer um, incluindo os EUA," acrescentou Tiankai.
Sublinhando que a China está comprometida com uma península coreana desnuclearizada e que ninguém deve negar os esforços persistentes da China em direção a esse objetivo, o diplomata chinês classificou como "distorcidos" alguns relatos da mídia que indicaram que o comércio entre a China e a Coreia do Norte (RPDC) aumentou no primeiro trimestre deste ano.
"Na verdade, o comércio entre a China e a RPDC tem diminuindo em 2015 e 2016. Em fevereiro deste ano, a China suspendeu a importação de carvão do país. Como resultado, a importação da RPDC caiu 41% em abril e 32% em maio, ano a ano", disse Cui Tiankai, acrescentando que as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte não constituem um embargo.