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Política - Nacional

Dossiê completo dos Vedoin tem 2 mil páginas


Tatiana Farah - Agência O Globo SÃO PAULO - O dossiê dos Vedoin que supostamente seria vendido ao PT ainda não foi apreendido pela Polícia Federal. A PF afirma que o dossiê original tem duas mil páginas e envolve não só o PSDB, mas outros partidos, inclusive o PT. - O dossiê apreendido é um petisco. Tinha partido de A a Z - disse o delegado Edmilson Bruno, responsável pelas prisões de Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha, há oito dias, em um hotel paulistano. O minidossiê apreendido até agora trata principalmente das supostas ligações dos ex-ministros da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso José Serra e Barjas Negri. O dossiê completo, no entanto, segundo os depoimentos de Gedimar e Valdebran, teria sido visto por "analistas do PT", na terça-feira antes das prisões, ocorridas na sexta-feira passada. Segundo o delegado Bruno, os presos afirmaram em depoimento que a venda seria feita por R$ 2 milhões. Foi apreendido R$ 1,7 milhão. Parte do dinheiro foi encontrada no quarto de Gedimar, personagem considerado "surpresa" pelo delegado. - A determinação era encontrar no hotel o Valdebran com R$ 1 milhão. Mas o Valdebran disse, no final, que o resto do dinheiro estava com Gedimar, no quarto ao lado - conta Bruno. Foi Gedimar que recebeu em seu quarto um homem conhecido pela polícia apenas como André, que levou o dinheiro ao hotel. André fez duas viagens com dinheiro, da qual uma parte saiu do Rio. Em uma, foi em um táxi e na outra, subiu até o quarto de Gedimar para entregar o dinheiro. A polícia ainda procura André e não sabe se ele é de São Paulo ou do Rio. Desconfia que ele seja um doleiro, mas não descarta a possibilidade de ser um homem ligado ao PT. Valdebran seria o homem ligado diretamente aos Vedoin para negociar com o PT enquanto Gedimar seria o representante dos interessados petistas. Em seu depoimento, Valdebran implica diretamente o ex-diretor do BESC (Banco do Estado de Santa Catarina) e ex-dirigente da CUT, Jorge Lorenzetti. Ele conta que falou duas vezes com um homem chamado "Jorge", que a polícia concluiu ser Lorenzetti. - Chegamos a acreditar que eram nomes falsos, mas foram se confirmando. Eles disseram que o chefe era Jorge e que Freud (Freud Godoy) era quem comandava a compra de São Paulo. - afirma o delegado. O delegado contou como foi feita a prisão dos dois. Os policiais seguiram para o Hotel Íbis, em São Paulo, com a ordem de prisão de Valdebran, que estava hospedado ali, e de apreensão de R$ 1 milhão. Ficaram em campana na porta do quarto de Valdebran, que estava com a placa de "não perturbe", até a madrugada. Bateram à porta e foram atendidos por Valdebran, que não resistiu à prisão. - Primeiro, ele disse que só tinha R$ 300 mil. Eu disse que sabia que era R$ 1 milhão. Por fim, contou que R$ 700 mil no cofre. Só um tempo depois acabou confessando que o resto do dinheiro estava no quarto ao lado. Nem sabíamos que havia um Gedimar. O ex-presidente nacional do PSDB e vereador em São Paulo, José Aníbal, que coordena a campanha do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, repudiou com veemência a hipótese de que o escândalo de negociação do dossiê tenha sido uma armação do próprio PSDB. Em entrevista na tarde desta sexta-feira, o delegado Edmilson Pereira Bruno, da Polícia Federal, insinuou a possibilidade de uma armação dos tucanos, visto que uma equipe da campanha de José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, estaria aguardando na sede da Polícia Federal, antes mesmos de qualquer órgão de imprensa, a prisão Valdebran Padilha e Gedimar Passos. Momentos depois da prisão e antes da chegada da imprensa, já havia dois carros da produtora dos programas de TV do PSDB, diretamente atingido pela divulgação do dossiê. Na coletiva desta sexta, a equipe de filmagem também estava presente. O delegado Bruno, que conduzia as investigações e as prisões, disse não saber por que a equipe tucana já estava na sede da PF em São Paulo antes da chegada da imprensa. O delegado disse que, como não está mais no caso, não vai apurar se houve algum tipo de informação privilegiada. Em Brasília, circula a hipótese de que o dossiê tenha sido uma armação para atrair os petistas. - Isto comprova uma partidarização da Polícia Federal. O delegado deveria ter mostrado o que a polícia prendeu junto a esta corja de larápios comandada pelo presidente Lula. Isto é um rebaixamento da instituição - disse o coordenador da campanha de Serra, o vereador José Anibalv.

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