Terça-feira, 30 de janeiro de 2001 - 20h55
247 – Quem não se lembra da atitude do senador Aécio Neves (PSDB-MG) após perder as eleições presidenciais de 2014? Um dia depois da derrota, ele e seus aliados já anunciavam uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para anular o resultado, agindo como crianças mimadas, incapazes de aceitar uma frustração.
A ação andou e caiu nas mãos do ministro Hermann Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, que pretende apenas anexar as delações da Odebrecht para pedir a cassação da chapa Dilma-Temer. Tais delações, segundo Benjamin, comprovariam que o PMDB também se beneficiou de doações ilícitas na disputa presidencial de 2014.
Ocorre que, no meio do caminho, Aécio, que se aliou a Eduardo Cunha para promover a política do quanto pior, melhor, conseguiu finalmente derrubar a presidente Dilma Rousseff, por meio de um golpe parlamentar.
Como Michel Temer chegou ao poder graças a essa articulação, o PSDB levou um pedaço gigantesco do Estado brasileiro: o Itamaraty, com José Serra, a Justiça, com Alexandre de Moraes, as Cidades, com Bruno Araújo, e a Petrobras, com Pedro Parente.
Nada desprezível para um partido que perdeu as eleições presidenciais, mas conseguiu tomar o poder no tapetão.
Pois bem: agora, segundo noticia a revista Época, da Globo, o PSDB quer fazer de tudo para travar a ação no TSE. A ordem seria até pedir a convocação de novas testemunhas, numa autêntica chicana processual.
Só não se sabe se o ministro Hermann Benjamin, relator do caso no TSE, aceitará ser passado para trás pelo PSDB, depois de todo o trabalho que fez até agora.
Em tempo: Aécio, que articulou o golpe que quebrou a economia brasileira, está prestes a ser alvo de uma nova denúncia, desta vez por propinas na Cidade Administrativa de Minas Gerais (leia aqui).
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