Sábado, 13 de dezembro de 2008 - 15h28
Ivan Richard
Agência Brasil
Brasília - As seqüelas dos atos de violência e repressão vividos pelo sociedade brasileira após a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5) não têm prazo para acabar. A avaliação é da psicóloga e coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Maria Auxiliadora Arantes.
Segundo ela, as marcas do período mais duro da ditadura militar podem, inclusive, ser repassadas para outras gerações. "As seqüelas podem perdurar por várias gerações de uma família. Qualquer desorganização no lar é transgeracional. Essa é uma característica da tortura, por exemplo. O fato de você prender uma pessoa de uma família desorganiza toda sua história. [A seqüela] é devastadora", analisou a psicóloga.
Maria Auxiliadora Arantes acrescentou que a psicologia denomina como desamparo o sentimento vivido por aqueles que foram perseguidos pelo regime militar. De acordo com ela, o termo expressa um momento de "perda total de referências diante de uma situação de abandono". Ele fica caracterizado em pessoas que passaram por situações de violência.
"A sensação de amparo, de proteção, de acolhimento é fundamental na formação do indivíduo ao se relacionar com o mundo. Na medida que essa situação é retirada, ela entra em uma situação de desamparo", explicou.
Ela lembrou que durante o período de vigência do AI-5, que foi de 1968 a 1978, os militares tinham o poder de invadir casas sem mandado, podiam prender pessoas sem acusação formal. Isso tudo, destacou, fez com que os cidadãos perdessem toda a referência de Estado e sociedade.
"Era uma de sensação de insegurança, desamparo na população, que é muito desorganizadora do ponto de vista emocional e físico. Porque as seqüelas psíquicas estão coladas nas físicas. São cara e coroa da mesma moeda", comparou a psicóloga Maria Auxiliadora Arantes.
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