Quarta-feira, 23 de agosto de 2017 - 12h44
SP 247 - O ex-secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Gilberto Natalini (PV), denunciou à Justiça e à Controladoria Geral do Município (CGM) um suposto esquema de certificados de compensação ambiental para o mercado da construção civil na cidade de São Paulo. Natalini foi demitido na semana passada e voltou ao seu cargo de vereador da cidade.
No ofício endereçado à controladora Laura Mendes, também demitida na semana passada, Gilberto Natalini aponta problemas com diretores e técnicos da pasta. "Havia rumores de que atos não republicanos eram realizados por técnicos do SVMA", diz o ofício assinado por Natalini. "Os despachos que eram elaborados pelos diretores das áreas vulneráveis, muitas vezes solicitei que fossem refeitos, pois havia erros grotescos em relação a compensação ambiental".
O então secretário afirmou que as empresas se dirigiam diretamente aos técnicos. “Onde tinham atendimento diferenciado, enfim, as ações eram obscuras e frágeis".
Um dos casos denunciados por Natalini diz respeito a pedido de obtenção do certificado para compensação ambiental da empresa Brookfield, para um empreendimento e a prefeitura questionou a empresa -e acabou relatando também as irregularidades na pasta.
No processo, quem dá detalhes sobre o assunto é a chefe da Câmara Técnica de Compensação Ambiental, a arquiteta Regina Barros, subordinada à pasta então chefiada por Natalini. Ela relatou à Justiça irregularidades que vão de ameaça a funcionários e servidores ligados a oito agências que mediam a obtenção de licenças ambientais.
Leia, abaixo, crítica do jornalista Alceu Castilho sobre o assunto:
Em poucas palavras, o que Gilberto Natalini identificou na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, em São Paulo, foi banditismo. Crime organizado. Com a participação de funcionários públicos e de empresas.
Não só ele. A arquiteta Regina Barros, da Câmara Técnica de Compensação Ambiental, relatou a existência de ameaças. "Tome cuidado com suas filhas quando sair sozinha de casa", ouviu uma servidora.
E o que o prefeito João Dória fez? Demitiu Natalini. E demitiiu a controladora-geral do município. A CGM e o ex-secretário (que volta a ser vereador) investigaram o esquema e demitiram funcionários. Prêmio? Demissões.
Vamos repetir, então: João Dória, o prefeito cinza-viajante, demitiu aqueles que investigavam esquema de corrupção em São Paulo.
Esquema que servia para tornar a cidade ainda menos verde e menos comprometida com o ambiente.
Cinco conselheiros da Secretaria do Verde pediram demissão, em solidariedade a Natalini. Cinco entre sete. Um deles, Roberto Klabin. Sim, da família Klabin, da empresa de celulose e da Fundação SOS Mata Atlântica.
Temos disputa interna na elite econômica, portanto. Esse prefeito arrivista e desprovido de qualquer escrúpulo terá de se acertar com seus pares.
Enquanto isso, distraídos de todo o país acham que ele é boa bisca.
Não é. É um farsante. Quem votou em Doria elegeu um impostor.
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