Sábado, 20 de janeiro de 2018 - 09h02
247 - O próximo front da Lava Jato serão os ataques à família do ex-presidente Lula, revela a capa desta semana da revista Época.
Movimento mostra o desespero da mídia e de setores do Judiciário diante da continuidade da liderança de Lula em todas as pesquisas eleitorais para a Presidência.
Confira abaixo trechos da reportagem:
N"a quarta-feira, 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) julgará recursos contra a condenação em primeira instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso da reforma de um tríplex no município litorâneo do Guarujá. O juiz Sergio Moro entendeu que a construtora OAS pagou ao menos R$ 2,2 milhões em propina por meio de obras no imóvel que Lula planejava ocupar. Se a apelação for negada, ele pode ser impedido de disputar um terceiro mandato presidencial – projeto ao qual se dedica dia e noite. Independentemente do resultado do julgamento, o fantasma da Operação Lava Jato vai continuar assombrando os Lula da Silva ao longo de todo o ano.
Nos últimos meses, policiais e procuradores federais avançaram sobre aquele que parecia ser um dos fios desencapados deixados ao longo dos quatro anos das investigações tocadas em Curitiba: as relações pessoais, os negócios particulares, a construção do patrimônio e o custeio de despesas de familiares do ex-presidente.
ÉPOCA obteve dados inéditos de investigações tocadas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal nos últimos dois anos. Os investigadores progrediram em pontos importantes da apuração que leva a família do ex-presidente de volta à arena pública. E eles são contundentes.
Tudo começou em 4 de março de 2016, com a batida policial que visitou 33 imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro, cujos proprietários eram ligados ao ex-presidente, seus familiares e respectivos sócios. Se as provas coletadas na ocasião pareciam insuficientes para a apresentação imediata de denúncias, elas ganharam corpo recentemente com o depoimento revelador de testemunhas, a renegociação de colaborações premiadas e o reforço da velha diretriz tirada dos filmes de intriga política: era preciso seguir o dinheiro. E eles o fizeram."
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