Sábado, 9 de dezembro de 2017 - 18h27
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
A batata do General Antonio Mourão, no forno desde que ele defendeu uma ditadura militar em setembro, assou no forno do General Eduardo Villas Bôas e ele foi afastado do cargo de general sem tropa da Diretoria de Finanças do Exército, depois de repetir a dose, dizer que o Governo Temer é um “balcão de negócios” e se espalhar na defesa da candidatura de Jair Bolsonaro.
Era previsível que isso acontecesse, tanto que, há três meses, aqui se escreveu:
“O general Mourão vai ser punido, mas sem espalhafato, porque é exatamente isso que ele pretendia ao fazer a gravação que gerou toda esta polêmica.”
Mourão vai para a reserva em março próximo. Bem a tempo de filiar-se a um partido e de ser candidato.
A que? Bolsonaro certamente não o quer como candidato a vice, embora vá surgir este clamor entre os seus apoiadores.
Talvez por isso, a publicação que fez, há 40 minutos, no Facebook, tenha caráter preventivo:
Temos que ter um Ministro da Defesa, um Oficial-General preocupado com sua tropa e com os interesses dos cidadãos de bem de seu país, sem a afeição exclusiva com representação política partidária como acontece há tempos no Brasil.
Quem quiser, leia como uma oferta do cargo a Mourão.
É algo que dá arrepios na alta oficialidade: uma aliança Bolsonaro-Mourão significa meio século de retrocesso na profissionalização do Exército Brasileiro e só fascina os tresloucados da tropa.
Mas por que Bolsonaro não quer Mourão de vice, afinal?
Por que Bolsonaro sabe que defensor de golpe como Vice é um perigo.
Dilma Rousseff que o diga.
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