Quarta-feira, 9 de agosto de 2017 - 21h21
247 - Reportagem do jornal argentino Clarín aponta nesta quarta-feira 9 que o governo de Michel Temer estuda militarizar a fronteira do Brasil com a Venezuela.
O texto destaca o pedido feito pelo governo de Roraima nesta terça-feira 8 a Temer para que haja reforço das Forças Armadas e da Polícia Federal na fronteira com o país vizinho, por onde já passaram cerca de 30 mil venezuelanos de forma ilegal, segundo dados do Estado.
A matéria diz que Temer tem em sua mesa um pedido da governadora Suely Campos para que assine um decreto a fim de restabelecer a "Lei e a Ordem" na região, com 3.500 homens fazendo patrulhamento na fronteira.
A reportagem destaca ainda a "forte disputa" que Temer mantém com o governo de Nicolás Maduro e lembra que o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, chamou o governo vizinho de "ditadura".
Leia mais sobre o pedido de Roraima na reportagem da Agência Brasil:
Roraima pede reforço na segurança da fronteira com Venezuela
Por Graziele Bezerra - A governadora de Roraima Suely Campos encaminhou um ofício solicitando ao governo federal o envio de militares das forças armadas e de policiais federais para reforçar a segurança dos mais de dois mil quilômetros da fronteira do Brasil com a Venezuela.
Um relatório elaborado pelas forças de segurança do Estado revela a necessidade do emprego das Forças Armadas no patrulhamento de toda a extensão do município de Pacaraima, que faz fronteira seca com a Venezuela.
Nesta área, segundo o documento, existem diversas vias de acesso clandestinas utilizadas como rota de tráfico de drogas, de pessoas e de armas pesadas.
A preocupação aumenta nesse contexto de agravamento da crise no país vizinho e crescimento no número de crimes transfronteiriços na região.
O governo local também quer aumentar o efetivo de agentes e delegados na Delegacia de Polícia Federal em Pacaraima, para dar rapidez ao encaminhamento dos pedidos de refúgio e às investigações de crimes praticados por imigrantes na faixa de fronteira.
Suely Campos pede ainda a reativação do Programa Sentinela, que mantinha agentes federais no Posto de Fiscalização de Jundiá, na divisa com o Amazonas, na BR 174.
A rodovia liga os dois estados e é utilizada como corredor do tráfico de drogas e de armas que entram pela fronteira.
O efetivo do exército em Roraima é de 3.500 homens que poderão fazer o patrulhamento da fronteira, caso haja a determinação presidencial.
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