Quinta-feira, 24 de maio de 2018 - 20h52
247 - Depois de quatro dias, o governo Michel Temer anunciou na noite desta quinta-feira 24, em coletiva de imprensa, ter fechado um acordo com os caminhoneiros, que protestam contra o alto preço do diesel bloqueando estradas em todo o País e agora devem suspender a paralisação por 15 dias.
Entre as condições previstas no acordo estão zerar a CIDE sobre o preço do combustível, manter por 30 dias a redução de 10% no preço do diesel na refinaria e esperar pelo menos um mês para cada novo aumento e encerrar processos contra sindicatos.
"Devo dizer que o presidente Michel Temer autorizou que nós negociássemos oferecendo tudo o que o governo pode dispor para atender às reivindicações. Agora, quero falar aos caminhoneiros. Chegou o momento de olharmos para nossas famílias, para os brasileiros, para as pessoas preocupadas nos hospitais, supermercados, granjas", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Os caminhoneiros entraram nesta quinta no quarto dia de manifestações contra o preço elevado dos combustíveis. Na noite desta quarta-feira 23, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou uma redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. Hoje, ele fez uma chantagem, ao dizer que a política de preços de combustíveis na Petrobras só mudaria junto com a diretoria da estatal, ou seja, com sua demissão.
Em Brasília, há registros de postos fechados, com estoque de combustível zerado. Em São Paulo, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do estado, José Alberto Paiva Gouveia, informou que, desde o início dessa quarta-feira (23), os postos de abastecimento do estado não receberam combustível, e há estoque para operar só por até três dias. No Rio de Janeiro, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Município (Sindcomb), ao menos metade dos postos da capital estará, nesta quinta-feira, sem algum dos três combustíveis: gasolina, diesel ou etanol.
Ainda no Rio, os produtos comercializados nas Centrais de Abastecimento (Ceasa), principal centro de distribuição de hortifrutigranjeiros no estado, já registram grande alta de preços. Em São Paulo, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) informa que as paralisações já causam desabastecimento nos supermercados, em especial nos itens de frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de abastecimento diário.
Com informações da Agência Brasil
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