Domingo, 2 de dezembro de 2018 - 10h25
Alçado à
condição de liderança global, Fernando Haddad afirmou em Nova York que "as
democracias estão sendo corroídas por dentro" e que "o combate deve
ser feito em nível internacional". A convite de Bernie Sanders e de Yánis
Varoufakis, Fernando Haddad participou do lançamento da Internacional
Progressista, aliança mundial em defesa da democracia idealizada por Sanders.
Realista, ele disse: ""Não vamos ficar encantados conosco. Nós
estamos perdendo o jogo e temos muito trabalho a fazer."
A fala de
Haddad revelou um pouco o clima que permeia a movimentação internacional em
busca de um discurso de reafirmação da democracia. Ele afirmou que é preciso
"reverter o atual populismo de direita identificado nos Estados Unidos, em
países europeus como Áustria e Suécia e no Brasil será um desafio intelectual
que vai exigir humildade, afirmou, na noite deste sábado (1º), Fernando Haddad
(PT), candidato à Presidência derrotado nas eleições."
E
acrescentou: "não podemos ser arrogantes de imaginar que temos as
respostas prontas para desafios tão complexos. Uma dose de humildade, mas uma
humildade que não paralisa, que estimula a buscar alternativas rápidas que
possam ser oferecidas a uma população que deseja um mundo novo. Ela só não sabe
qual."
Haddad
ainda falou sobre o cenário internacional das democracias sob risco: "há
uma preocupação das forças democráticas mundiais sobre o que se passa na
América do Sul, na Europa Oriental, e agora a gente vê que vai chegando nos EUA
e mesmo na Europa Ocidental sinais já marcantes na Áustria, na Suécia e, agora,
na Itália, de que há problemas de toda ordem acontecendo".
E sobre o
brexit: "se eles utilizarem os mesmos métodos que utilizaram no 'brexit'
[saída do Reino Unido da União Europeia], aqui na eleição do [presidente
Donald] Trump, da eleição do Bolsonaro, nós podemos ter problemas em países que
são a última fronteira democrática que ainda resiste. E ninguém quer um mundo
obscurantista."
Veja mais
trechos da fala de Haddad em Nova York:
"Não
vamos ficar encantados conosco. Nós estamos perdendo o jogo e temos muito
trabalho a fazer", afirmou.
"Aumentou
o medo do outro, não importa quem seja esse outro."
"A
sociedade se encontra desnorteada e se vira para populistas fascistas que
prometem resolver todos os problemas. Isso toma formas diferentes em lugares
diferentes."
"A
esquerda focou em renda, enquanto a direita focou em riqueza, em aproveitar
terras e riqueza, como se discutíssemos besteira", afirmou. "Uma
abordagem gradual de reforma sempre vai favorecer os ricos. Nós precisamos
discutir redistribuição de riqueza."
"Do
mesmo jeito que os indígenas estão inseguros, que os tratados internacionais
sobre meio ambiente estão em risco, que a comunidade LGBT está em risco, hoje
você não tem, no Brasil, segurança de liberdade de cátedra."
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