Quinta-feira, 15 de novembro de 2018 - 08h00
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse ontem (14) que
manterá o programa Mais Médicos e vai substituir os cerca de 8.500
profissionais cubanos por brasileiros ou estrangeiros. Ele afirmou que os
cubanos que quiserem atuar no país devem revalidar os diplomas. A afirmação
ocorre no momento em que Cuba informou que vai se desligar do programa por
não aceitar as exigências feitas pelo novo governo.
Bolsonaro
conversou com a imprensa na tarde de hoje (14), no Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB), sede do governo de transição, pouco antes dele deixar a capital
federal para retornar ao Rio de Janeiro.
"Estamos
formando, tenho certeza, em torno de 20 mil médicos por ano, e a tendência é
aumentar esse número. Nós podemos suprir esse problema com esses médicos. O
programa não está suspenso, [médicos] de outros países podem vir para cá. A
partir de janeiro, pretendemos, logicamente, dar uma satisfação a essas
populações que serão desassistidas."
O
presidente eleito acrescentou que sempre foi contra o programa por discordar do
modelo de contratação dos profissionais cubanos. Segundo ele, há um tratamento
"desumano" por parte das autoridades em relação aos médicos. Como
exemplo, Bolsonaro citou o fato de alguns profissionais virem para o Brasil,
mas deixando as famílias em Cuba.
"Não
é novidade para nenhum de vocês, quando chegou a medida provisória na Câmara,
há cerca de quatro anos, eu fui contra o Mais Médicos por alguns motivos que
agora tornam-se mais claros. Primeiro, pela questão humanitária. É desumano
você deixar esses profissionais aqui afastados de seus familiares. Tem muita
senhora aqui que está desempenhando essa função de médico e seus filhos menores
estão em Cuba."
O
presidente eleito acusou o governo cubano de explorar os profissionais e ainda
pôs em dúvida a capacidade profissional dos médicos oriundos da ilha. "Em
torno de 70% do salário desses médicos é confiscado para a ditadura cubana. E
outra coisa, que é um desrespeito com quem recebe o tratamento por parte desses
cubanos, não temos qualquer comprovação que eles sejam realmente médicos e
estejam aptos a desempenhar sua função".
Bolsonaro
reafirmou a exigência que seu governo fará para manter os médicos cubanos no
programa. "Se fizerem o Revalida, salário integral e puderem trazer a
família, eu topo continuar o programa."
Mais
cedo, o governo de Cuba informou que deixará de fazer parte do programa Mais
Médicos. Na justificativa do Ministério da Saúde cubano, as exigências feitas
pelo governo eleito são “inaceitáveis” e “violam” acordos anteriores.
O
contingente de médicos cubanos representa quase metade dos profissionais que
atuam no programa, cerca de 18 mil, segundo o governo brasileiro.
A
falta de cobertura desses médicos pode deixar mais de 20 milhões de pessoas,
principalmente das regiões mais isoladas e nas periferias de grandes cidades,
sem atendimento básico de saúde.
Bolsonaro
prometeu asilo político aos médicos cubanos que desejarem permanecer no Brasil.
"Temos que dar asilo para as pessoas que queiram, não podemos continuar
ameaçando [de expulsão do país] como foi no passado. (...) Se eu for
presidente, cubano que pedir asilo aqui vai ter."
A
legislação prevê o asilo político como forma de proteger qualquer cidadão
estrangeiro que se encontre perseguido em seu território por delitos políticos,
convicções religiosas ou situações raciais.
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