Sexta-feira, 20 de outubro de 2017 - 10h14
247 - Para o jornalista Josias de Souza, o PSDB "está vocacionado para a morte". Segundo ele, "as práticas da legenda, suas ambiguidades, suas contradições mal disfarçam a vontade, a urgência da morte". "Protagonista do seu próprio cortejo fúnebre, o PSDB caminho rumo ao fenecimento carregando as alças de dois pesos mortos: o caixão do governo Temer e o caixão de Aécio Neves", completa.
Na avaliação de Josias, "Temer é um defunto com caneta e Diário Oficial. Com a ajuda de um coordenador político tucano, ele compra na Câmara mais um ano de sobrevida. Aécio, trancado em casa e em seus rancores, parecia fora de combate. Mas o Senado deu-lhe uma sacudida. E o personagem, insepulto, transforma o PSDB no primeiro partido da história a ter como presidente um defunto", ressalta.
Com isso, apesar de ser o nome mais cotado para disputar a Presidência da República em 2018, o governador Geraldo Alckmin enfrenta resistências internas, até mesmo de seu pupilo, o prefeito de São Paulo, João Doria. "Alckmin se finge de vivo. Mas revela-se um vivo pouco militante. Não consegue se posicionar com clareza sobre o rompimento com Temer e o expurgo de Aécio. Não é à toa que frequenta as pesquisas como um sub-Bolsonaro. É como se Alckmin pedisse aos eleitores não votos, mas coroas de flores", finaliza.
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