Sexta-feira, 21 de março de 2008 - 09h38
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a posição dos países desenvolvidos por condenar e impor barreiras comerciais à carne e aos biocombustíveis produzidos em território nacional. De acordo com o presidente, o protecionismo das nações desenvolvidas ocorre porque o Brasil atingiu alto volume de reservas e não é mais "um jogador de futebol perneta". "Quando um país é insignificante do ponto de vista da balança comercial, ninguém se incomoda, mas quando passa a ser competitivo, começamos a ser vítimas de ataques. É o que está acontecendo agora na área de biocombustíveis. Todo mundo sabe que o Brasil será invencível nessa disputa, porque temos terra, temos água, temos tecnologia e temos 30 anos de acúmulo de conhecimento", disse Lula em Foz do Iguaçu, PR, ao participar de solenidade onde assinou termo de cooperação técnica para a construção do alcoolduto Campo Grande-Paranaguá.
"É exatamente por isso que tanto os Estados Unidos como a União Européia, que não cobram nenhum pedágio para importar petróleo, que é poluente, sobretaxam o nosso álcool, e são defensores do livre comércio, desde que seja para vender os produtos deles", completou. "O jogo está ficando cada vez mais delicado. Precisamos separar o joio do trigo. Quando o cidadão começa a virar craque, todo mundo quer ir na canela dele. É isso que está acontecendo conosco. O Brasil não é mais um jogador perna-de-pau. Está virando craque em muitas coisas", disse. "A briga contra a nossa carne é uma coisa alucinante, contra o álcool é a mesma coisa", criticou Lula. O presidente lembrou ainda que nações desenvolvidas, em especial os Estados Unidos, não têm cumprido o Protocolo de Kyoto, de redução das emissões de gases poluentes. "Como é que essa gente quer impor a nós regras? Muita gente nossa se aproveita do discurso deles para fazer a disputa política interna no Brasil. Não sou profeta não, mas o mundo vai se curvar aos biocombustíveis", afirmou.
"Estamos vivendo um momento para que Brasil se consolide definitivamente como grande economia. Quais são as mentiras que se levantam contra Brasil? Que não pode vender álcool porque tem trabalho escravo. Certamente não é mais penoso que os trabalhadores das minas de carvão que fizeram a Europa crescer. Segunda coisa que falam da gente: se ficarmos produzindo muito álcool vai faltar alimento no mundo", explicou Lula. Ele citou ainda o aumento da produtividade da agricultura nacional e disse que "não há nenhum risco" de a produção de biodiesel comprometer o cultivo de alimento. "Para alguns desavisados do mundo, dos 860 milhões de hectares do Brasil, temos 450 milhões de hectares bons para agricultura, e a cana-de-açúcar ocupa apenas 1% disso", concluiu.
Fonte: Agência Safras
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