Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Lula diz que não quer crescimento sem distribuição de renda


Luiz Cláudio de Castro - Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, na cerimônia de assinatura do acordo que reajustou o salário-mínimo para R$ 380, que o país não pode crescer sem distribuir renda. O presidente disse que não foi reeleito para fazer mesmices e que é preciso avançar nas medidas já adotadas no seu primeiro governo e crescer distribuindo renda. Segundo Lula, o país já viveu uma experiência de crescer acima de 10%, durante o governo militar, mas no mesmo período o poder de compra do salário mínimo caiu. - Eu, agora, fui reeleito por mais quatro anos e não quero fazer o mesmo que já fiz nos primeiros quatro anos. Já fiz, está feito. Agora temos que fazer uma coisa nova. E, pelo amor de Deus, não cometam o erro de fazer a palavra desenvolvimento ou crescimento econômico sem combinar junto com ela a palavra distribuição de renda, porque este país, eu já disse a vocês na outra reunião, este país, quando o PIB cresceu 13,94% em 1973, o salário mínimo teve uma perda real de 3,4% - discursou. Segundo Lula, o país está avançando porque antes não estava habituado a ter um crescimento das exportações com o crescimento do mercado interno, não tinha experiência em microcrédito nem em crédito consignado. O presidente atribuiu a mudança de rumo na economia à participação de sindicalistas e trabalhadores nas discussões promovidas pelo governo. - Nada disso vinha da cabeça dos grandes acadêmicos, muito disso é da cabeça de vocês, o que mostra que, se a gente souber, com muita paciência, utilizar a boca que a gente tem para falar menos e utilizar as duas orelhas para ouvir mais, a gente pode acertar - disse. Lula disse que houve um avanço do governo e dos sindicalistas, que hoje buscam um acordo na mesa de negociações. Ainda segundo ele, no tempo em que era sindicalista o salário mínimo era apenas uma peça de ficção para os discursos do dia 1º de Maio. - Não faz muito tempo que o movimento sindical urbano brigava por aumento de salário mínimo, como não faz muito tempo que no Brasil o governo se dispôs a discutir salário mínimo com os dirigentes sindicais urbanos. Na verdade, o salário mínimo era uma peça de ficção para discurso nosso no Dia 1º de maio. Isso valia para o (Luiz) Marinho, quando era presidente da CUT, para mim, quando eu era presidente sindical do ABC, e para todos vocês. A gente fazia um discurso no 1º de Maio, até porque a maioria das nossas categorias não representa o trabalhador de salário mínimo - disse.

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

Governo Federal se compromete a incluir plano de carreira da ANM na LOA 2024

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (SInagências) conseguiu uma solução direta do governo após intensa articulaç

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

Deputado estadual Pedro Fernandes será o relator da CPI das Reservas em Rondônia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Reservas foi instaurada em Rondônia para investigar possíveis irregularidades nos processos de criação

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Ministro Paulo Pimenta trata sobre parceria entre Rede IFES de Comunicação Pública, Educativa e de Divulgação científica com a EBC e o Governo Federal

Na tarde dessa segunda-feira (06), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta, esteve r

Gente de Opinião Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)