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Política - Nacional

Marco Aurélio Garcia substitui Berzoini na coordenação de campanha de Lula


Maria Lima - Cristiane Jungblut - Agência O Globo Durante o dia, Berzoini se reuniu duas vezes com o presidente Lula, de manhã e à noite, quando seu afastamento da chefia da campanha foi decidido. No começo do dia, após o primeiro encontro, o presidente do PT ainda tinha esperança de seguir como coordenador da campanha, mas já admitia a possibilidade de sair. - A coordenação da campanha é prerrogativa da candidatura, se a candidatura decidir afastar, evidentemente, é prerrogativa do presidente Lula, ele tem total liberdade para isso - disse Berzoini a jornalistas, no Palácio do Alvorada. Com a queda de Berzoini, sobe para cinco o número de pessoas afastadas de funções no governo ou na estrutura do PT desde o início do novo escândalo. A saída de Berzoini da coordenação de campanha foi se desenhando ao longo do dia. Os ministros mais próximos a Lula, como Tarso Genro (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil), entendiam que o presidente não poderia continuar sangrando em praça pública até as eleições. Na coordenação da campanha de Lula, a avaliação era de que a descoberta da origem do dinheiro que seria usado para compra do dossiê contra os tucanos precipitou a saída de Berzoini porque pode mostrar alguma ligação com a direção do PT. Para o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, uma mudança na chefia da campanha neste momento não prejudicará a candidatura de Lula. Segundo ele, o que não pode é ficar "essa coisa mal arranjada": - Não podia ficar essa coisa mal arranjada. Mudar a coordenação da campanha não trará nenhum problema porque a campanha já está na reta final - disse. Tarso admite que escândalo incomoda Lula Depois de reunião com o presidente, também nesta quarta-feira, Tarso Genro disse que Lula determinou à Polícia Federal uma apuração rigorosa e isenta sobre a tentativa de compra de dossiê contra tucanos, mesmo que ela atinja pessoas de sua relação pessoal. Tarso disse que Lula vai esperar as investigações da PF para tomar atitudes, argumentando que um presidente da República tem que agir dentro da lei. Tarso admitiu que a situação gera um incômodo político para o presidente, e que ele está indignado pelo fato de pessoas ligadas a ele estarem supostamente envolvidas no caso. - Isso evidentemente atingiu o presidente. Ele se sente indignado e por isso quer atitudes profundas e rápidas em relação a isso que está acontecendo. Do ponto de vista político, há um incômodo muito grande do presidente e uma indignação pelo fato de que pessoas que tenham vinculação pessoal com ele estejam sendo vinculadas a esses fatos. O presidente vai agir no momento adequado e segundo informações concretas - disse Tarso, ressaltando: - Enquanto presidente-candidato, o presidente Lula quer uma apuração absolutamente rigorosa, envolva quem envolver. Não interessa se é presidente do PT, se está ou não participando da coordenação de campanha, ou se teve postos no governo. Instabilidade política afeta o mercado Apesar de dizer que as investigações devem ser generalizadas, o ministro Tarso Genro já reconhecia a possibilidade de Berzoini deixar de ser o coordenador da campanha de Lula. Mas Tarso também defendeu o presidente do PT ao afirmar que até então ele só admitira apenas que sabia do encontro entre assessores da campanha de Lula e a revista 'Época', mas não do seu conteúdo. - Até aí não há nenhum reconhecimento do Berzoini de que ele tenha cometido qualquer irregularidade. Se o presidente Berzoini vai continuar ou não na coordenação isso diz respeito a uma atitude do partido e uma posição que o presidente (Lula) vai assumir. A crise na campanha à reeleição do presidente Lula afetou o mercado. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com baixa de 2%, apesar de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ter anunciado a manutenção dos juros básicos em 5,25% ao ano.

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