Quinta-feira, 3 de agosto de 2017 - 11h10
“Pela minha história e minha convicção, sou a favor que todas as pessoas sejam tratadas iguais, conforme a lei e a nossa Constituição Federal. Por isso, sou a favor das investigações. Quero um país longe da corrupção com ética e muito respeito aos brasileiros. Por isso, sou contra a esse relatório”.
Com essa declaração, a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB – RO) justificou o seu voto contra o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que recomendava a rejeição da denúncia contra o presidente da República Michel Temer (PMDB).
A parlamentar, que é a segunda secretária da Mesa Diretora da Câmara, leu em plenário na terça – feira, 1º, o relatório elaborado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), cuja votação aconteceu nesta quarta – feira, 2.
O Plenário acabou rejeitando por 263 votos a 227 e 2 abstenções, a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir processo criminal contra o presidente Temer, por crime de corrupção passiva seguindo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
No total, 492 dos 513 deputados votaram o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Rodrigo Maia deixou de votar por motivo de impedimento regimental, por estar comandando a sessão.
Esta foi a primeira vez que a Câmara dos Deputados votou uma solicitação para instauração de processo contra um presidente da República.
Com a decisão, o STF não poderá analisar a denúncia contra Temer apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no final de junho. O presidente só poderá responder judicialmente após o término do mandato.
A denúncia do procurador-geral contra Temer foi elaborada a partir de delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e outras empresas.
Segundo Janot, Temer teria recebido R$ 500 mil do empresário por meio do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, então assessor especial de Temer. Rocha Loures chegou a ser preso em junho por determinação do ministro Edson Fachin, do STF, relator do inquérito sobre o caso. No final do mesmo mês, a prisão foi convertida em prisão domiciliar.
Fonte: Ascom
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