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MP cumpre mandados de prisão contra policiais no RJ



Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), as Corregedorias da Polícia Militar do Estado e de Inteligência da Polícia MIlitar (PM) fazem operação conjunta, na manhã de hoje (30) para cumprir mandados de prisão contra 16 policiais e 23 traficantes que atuam na Região Metropolitana do Rio.

A Operação Dark of the City que objetiva cumprir ao todo 39 mandados de prisão preventiva, segundo informações do Ministério Público, foi desencadeada para combater uma organização criminosa que pratica crimes em diversas localidades de Niterói. 

Segundo as informações, a maioria dos policiais envolvidos são PMs lotados no 12º BPM (Niterói). A organização conta com policiais do 7º BPM (São Gonçalo),  35º BPM (Itaboraí), e do Batalhão de Choque (BPChoque). A ação conta com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Os PMs estão sendo acusados pelos crimes de organização criminosa para a prática de tráfico de armas, corrupção passiva, prevaricação, receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Os 23 civis foram denunciados por organização criminosa para prática de tráfico de entorpecentes e de armas, roubos, receptação e corrupção ativa.

As informações indicam que os policiais militares são acusados de receber dinheiro para não reprimir o tráfico de drogas na região. A prática é chamada de “arrego”. Além disso, segundo a denúncia, “os PMs vendiam aos traficantes armas que eventualmente apreendiam em incursões policiais”.

De acordo com o MPRJ, eles recebiam dos informantes, os chamados de X-9  indicações indicações sobre atividades ilícitas praticadas por outros traficantes, a fim de que pudessem localizá-los e extorqui-los.

Busca e Apreensão

A Operação Operação Dark of the City, além do cumprimento dos 39 mandados de prisão preventiva, também visa o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais dos acusados e, no caso dos policiais, até em carros particulares, viaturas e armários nos batalhões da PM. 

As informações mostram que dos 16 militares, quatro já estão presos, dois dos quais foram detidos na operação Calabar, feita pelo GAECO/MPRJ em junho deste ano. Também entre os 23 civis com mandados de prisão preventiva expedido pelo MPRJ, quatro já estão presos pela prática de outros crimes.

Todos os criminosos envolvidos e com mandados de prisão decretados atuam nas comunidades do Sapê, Badu, Largo da Batalha, Morro da Cocada, Bromélia, Morro do Céu, Barraca Azul, Caju, Ponte Amarela, Mirante, Lajão e Complexo do Caramujo.

As investigações que levaram à deflagração da operação foram conduzidas por meio de um inquérito policial militar da Corregedoria da PM e de um procedimento de investigação criminal próprio do MPRJ.

Ao informar as atividades da quadrilha, o MPRJ disse que, segundo a denúncia, um dos chefes da organização criminosa  Julio Cesar Silva Cardoso, conhecido como Nhanhão, determinava especificamente os policiais que seriam pagos o “arrego”. “Entre os acusados Pedro Paulo Matheus Gremion, o “Sagaz”, que mesmo preso em Bangu 3, continua no cargo de chefe do tráfico de drogas nas localidades Carobinha e Santa Luzia, em Niterói”, diz a nota do MP.

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