Sábado, 7 de abril de 2018 - 07h33
Um grupo de delinquentes empunhando bandeiras doPT e do MST atacou a fachada do prédio da ministra-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, em Belo Horizonte (MG), na tarde de ontem sexta-feira (6). O ataque foi um protesto contra o resultado do julgamento do Habeas Corpus pleiteado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e contou com a participação de cerca de 450 militantes do Movimento Sem Terra (MST).
Em clima de baderna, o grupo dançava, enquanto lançava tinta vermelha contra a fachada e a calçada do edifício na Rua Dias Adorno, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul da capital. E o coordenador do MST, Josimar Silva, confessou o crime, afirmando que foi planejado desde ontem.
“Lula foi condenado sem provas. Não vamos dar descanso para toda essa corja que deturpa as leis para beneficiar interesses do capital. Assistimos essa semana que o Supremo é tão golpista quanto Temer”, disse o líder do ato de vandalismo.
O apartamento da ministra Cármen Lúcia fica na cobertura do prédio localizado em frente à ouvidoria do Ministério Público de Minas Gerais. Mas vizinhos afirmam não ter visto a ministra no local, apesar de ela ter estado no edifício, na última semana.
Somente com a chegada da Polícia Militar, os manifestantes foram afastados do local do ataque. Funcionário de um prédio vizinho ao da ministra, Vitor Ferreira, de 60 anos, contou para o jornal O Tempo os militantes não quebraram nada, mas sujaram os muros e a calçada do edifício.
“Quando a polícia chegou, eles entraram num ônibus e saíram. Foi um transtorno para os vizinhos, mas eles apenas gritaram e jogaram tinta", disse, ao jornal mineiro.
Os manifestantes seguiram para a Praça Sete, ponto central dos protestos contra a ordem de prisão contra o ex-presidente Lula. (Com informações de O Tempo)
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