Terça-feira, 19 de setembro de 2017 - 17h35
Revista Fórum - O cantor e compositor baiano Caetano Veloso recebeu, em agosto, o procurador Deltan Dallagnol em sua casa, em Ipanema (Rio de Janeiro). O encontro, conforme conta Caetano em artigo publicado nesta terça-feira (19), no Globo, “se deu nas vésperas do ato de desagravo ao juiz Marcelo Bretas, cujas decisões tinham sido desqualificadas pelo ministro Gilmar Mendes”.
No artigo, Caetano aproveita para clarear as suas posições com relação à Força Tarefa da Lava-Jato, do qual Dallagnol é um dos integrantes: “Minha posição em relação à Lava-Jato não mudou em essência. Pelo timing de minhas respostas às entrevistas citadas vê-se que não fui um opositor da força-tarefa como os que só viam nela uma perseguição ao PT. Minhas palavras de relativa desconfiança só surgiram quando o impeachment de Dilma já tinha se dado e o governo Temer já se instalara, com figuras importantes do seu núcleo sob a mira da operação. De modo que um petista poderia achar que não critiquei a operação quando o PT parecia ser seu único alvo”.
Caetano diz ainda que foi contra o impeachment. “E acho que suas consequências são péssimas. Mas os artigos de Jânio sobre a força-tarefa, que considero necessários, me pareceram mesmo ranzinzas. Não me alegraria que os resultados do impeachment confirmassem seu pessimismo em relação à Lava-Jato”.
Sobre a operação, ele diz ser “um apoiador do movimento interno da sociedade brasileira que a produziu. Por isso mesmo não gostei quando o juiz Moro soltou a gravação do telefonema de Dilma pra Lula, depois do prazo estipulado, o que teve papel importante na resposta da opinião pública e deu força ao movimento pró-impeachment”.
Caetano aproveitou o encontro para dizer que detestou a cena do powerpoint. “Dallagnol falou disso no encontro como tendo sido algo que não deu certo, embora desmentisse que tivesse dito não ter provas mas ter convicção”, lembrou.
No final do encontro, o cantor disse ter falado com ênfase, no encontro com Deltan, sobre “a importância histórica da figura de Lula e o significado de sua força política”.
Para concluir disse achar saudável que “nós brasileiros fiquemos de orelha em pé para que movimentações importantes não venham a servir à manutenção das nossas desigualdades. Porque não somos campeões em corrupção, mas somos campeões em desigualdade. É com tudo isso em mente que apoio, em meu íntimo, a Lava-Jato”, encerrou.
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