Quinta-feira, 6 de julho de 2017 - 05h13
247 – Os depoimentos de Lúcio Funaro e Eduardo Cunha, confirmando que eram pagos por Joesley Batista, com aval de Michel Temer, para se manterem em silêncio (saiba mais aqui), devem derrubar de vez Michel Temer.
É o que prevê Ricardo Noblat. Leia abaixo:
Nova denúncia agravará a situação de Temer
Ricardo Noblat
O presidente Michel Temer foi dormir, ontem, com a informação que a próxima denúncia a ser apresentada contra ele no Supremo Tribunal Federal pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, reforçará a primeira que começou a ser examinada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Faz parte da primeira a acusação, com base na delação de executivos do Grupo JBS, que Temer sabia e aprovou o pagamento de propina para que o ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro permanecessem calados – Cunha em Curitiba, onde está preso pela Lava Jato, Funaro na penitenciária da Papuda, em Brasília.
Fará parte da segunda denúncia a revelação de que Cunha e Funaro confirmam que de fato foram pagos pelo Grupo JBS para não delatar Temer e outros caciques do governo e do PMDB. Funaro já começou a delatar e, por isso, foi transferido da Papuda para a carceragem da Polícia Federal em Brasília. O acordo para que Cunha delate está adiantado.
O dia em que a defesa de Temer deu entrada na Câmara foi também o dia de outras más notícias para o presidente. A amigos, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator da primeira denúncia de Janot na CCJ, admitiu que seu parecer será favorável a que a Câmara autorize o Supremo a julgar Temer pelo crime de corrupção passiva. A ver.
Integram a CCJ 66 deputados. Para vencer ali, o governo precisa do apoio de 34. No momento, conta com apenas 25 votos. E teme perder alguns durante a discussão do parecer prevista para começar no meio da próxima semana. Entre deputados fiéis ao governo, dá-se como perdida a batalha na CCJ, e arriscada a seguinte a ser travada no plenário da Câmara.
Temer tem pressa. Se dependesse dele, tudo estaria terminado até o final da próxima semana, uma vez que a Câmara entrará em recesso no início da semana seguinte. Não haverá tempo, porém, para que seja assim. E quanto mais demorar, mais ele ficará sujeito à perda de votos. Fora o risco do aparecimento de novos fatos.
Não bastará a Temer derrotar a primeira denúncia de Janot. Se ele não o fizer com uma folgada vantagem de votos, continuará sangrando e ficará mais fraco para enfrentar a segunda denúncia. O calendário que corre contra ele corre a favor da pretensão de Janot de levá-lo a julgamento pelo Supremo. Uma vez que consiga, Temer será afastado do cargo.
E uma vez que seja, embora possa voltar se for considerado inocente, não voltará. Temer sabe disso. Se concluir em algum momento que esse poderá ser o seu fim, negociará uma saída menos traumática. Sem mandato, ele perderá o direito a só ser julgado pelo Supremo. Eis a questão: o que se poderá fazer para protegê-lo?
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