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Política - Nacional

Nome de Temer estava na planilha da propina do Porto de Santos em 2001


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247 - O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, prepara nova denúncia contra Michel Temer relacionada ao Porto de Santos. O maior porto brasileiro sofre a influência do peemedebista há duas décadas.

No documento em que denuncia Temer de corrupção passiva, Janot já pediu a abertura de um inquérito para apurar se Temer beneficiou indevidamente a empresa Rodrimar, operadora do Porto de Santos, ao editar um decreto. Pela medida, Temer teria sido beneficiado com propinas.

Na semana passada, Janot também pediu vista dos autos de um antigo inquérito, de número 3.105, que apurava a suspeita de que a Rodrimar pagou, no início da década passada, propina ao então deputado Michel Temer, segundo reportagem da Revista Veja.

O caso foi arquivado em 2001 pela PGR. Diante da suspeita de que Temer beneficiou a Rodrimar também no exercício da Presidência, Janot decidiu reabrir a denúncia.

O episódio foi descoberto por conta da separação litigiosa entre Marcelo de Azeredo, que presidiu a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), por indicação de Temer, e Erika Santos. Numa tentativa de conseguir um valor maior na partilha de bens, Erika entregou planilhas demonstrando um esquema de corrupção no maior porto da América Latina, diz a reportagem da Veja.

De acordo com as planilhas apresentadas por Erika, pelo menos seis contratos renderam propina a Temer, Azeredo e “um tal de Lima”. Suspeita-se que seja o coronel da PM João Baptista Lima, acusado pela JBS de receber propina em nome de Temer. A Rodrimar teria pago R$ 600 mil para o esquema - metade para Temer e 25% para Azeredo e Lima.  O rateio da propina sempre respeitaria essa divisão.

O grupo Libra, maior operador do Porto de Santos, também pagou propina a Temer. Na campanha presidencial de 2014, dois acionistas da Libra doaram R$ 1 milhão ao peemedebista, então candidato a vice-presidente. A Polícia Federal acredita que o dinheiro pode ter sido repassado como contrapartida pela aprovação da MP dos Portos, cujo relator na Câmara foi o então deputado Eduardo Cunha.

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