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Política - Nacional

Números refletem início da propaganda, dizem pesquisadoras


Agência O Globo RIO - Os primeiros dias de campanha nas ruas já foram capazes de promover pequenas mudanças na corrida pela presidência da República. Para as pesquisadoras Fernanda Machiaveli, cientista política da empresa de consultoria Tendências, e Marcia Cavallari, diretora-executiva do Ibope, a pesquisa divulgada nesta terça-feira - primeira desde a definição das candidaturas nas convenções partidárias - deixa clara a influência da propaganda eleitoral na formação da opinião dos eleitores, que começam a firmar suas preferências. - Começa a definição daqueles que anteriormente afirmavam não saber ainda como seria o seu voto - diz Fernanda, lembrando que o total de eleitores que declararam a intenção de votar em branco, anular o voto ou que simplesmente não haviam decidido caiu de 24% em junho para 18% em julho. Fernanda registra três fatores que determinaram os números divulgados pelo Ibope: a maior exposição dos candidatos chamados nanicos, a distribuição equilibrada do tempo nos noticiários entre todos os concorrentes, e o aumento da presença do candidato tucano, Geraldo Alckmin, e da divulgação de seu programa partidário. - Alckmin é identificado como uma alternativa para os insatisfeitos, que começam a migrar, consolidando o voto. O "efeito Heloisa Helena", que para Fernanda teria sido sobrevalorizado nos últimos dias, aparece minimizado nos números desta terça. - O Ibope mostra o crescimento de Heloisa Helena, mas dentro da margem de erro - explica. Márcia Cavallari completa, justificando a diminuição da velocidade de crescimento da candidata. - A partir do meio da semana, por conta de susa declarações, Heloisa Helena começou a receber críticas mais duras. A pesquisa é uma foto do momento desta crítica à candidata - afirma. Nas pesquisas sobre a intenção de voto para o governo do Rio e de São Paulo, o que chama a atenção é o número de indecisos e de eleitores que afirmam que votarão em branco ou anularão seu voto. No Rio, o índice chega a 30%, e em São Paulo fica em 26%. A explicação, segundo Márcia, está em uma espécie de hierarquia estabelecida pelo eleitor. - Primeiro ele escolhe seu candidato para a presidência, depois então para governador e finalmente decide seu voto para o Legislativo. A esfera nacional ocupa o eleitor primeiro.

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