Segunda-feira, 19 de junho de 2017 - 07h26
247 - A indefinição que permeou o debate no PSDB sobre a permanência ou não na base do governo Michel Temer representa apenas mais um capítulo na história de um partido que, às vésperas de completar 29 anos, segue marcado pelas contradições e vacilações, sem nunca ter conseguido se definir conceitualmente. É desta forma, sem surpresas e com um olhar crítico, que o ex-deputado federal Arnaldo Madeira acompanha a participação da sigla, na qual foi um dos fundadores, no desenrolar da atual crise política.
"O PSDB, embora tenha escrito suas resoluções, não consegue até hoje assumir conceitualmente um programa em que todos sejam favoráveis. Decisões importantes, como essa de ficar ou sair do governo Temer, não são votadas. São tomadas com base no resultado de um conjunto de conversas. O partido sempre foi assim. Essa é a nossa história, infelizmente", diz Madeira, que não disputa eleições desde 2010, quando não conseguiu sua quinta reeleição consecutiva para a Câmara dos Deputados.
Aos 77 anos e recém recuperado de uma pneumonia que o deixou oito dias internado no hospital, o ex-deputado comenta as agruras do partido na condição de integrante do diretório nacional e com a experiência de quem deixou o PMDB para fundar o PSDB, em 1988, e ao longo das últimas décadas ocupou os mais variados cargos nas administrações tucanas, como a liderança na Câmara dos Deputados no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) por mais de quatro anos.
"O PSDB rodou, rodou e voltou a ser o velho PMDB, só que mais fraco do ponto de vista parlamentar. Ou seja, um partido de caciques regionais, com uma história conceitual boa, mas que desperta enorme raiva da população, sobretudo quando perde eleições e volta na prática do dia-dia a ter vacilações", afirma Madeira ao lembrar que os tucanos deixaram a desejar na oposição aos governos do PT ao votarem com a base aliada pela criação de cargos e pelo aumento de salários, às vezes, maiores do que aqueles que foram propostos.
As informações são de reportagem de Fernando Taquari no Valor.
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