Quinta-feira, 21 de dezembro de 2017 - 11h08
Helena Martins - Repórter da Agência Brasil
A Agência Brasil enviou questionamentos ao Facebook sobre as políticas que têm sido desenvolvidas sobre fake news e perfis falsos, inclusive automatizados, na rede. Veja o que diz a principal plataforma de redes sociais:
Agência Brasil - Qual o papel do Facebook no combate à disseminação de notícias falsas?
Facebook - Todos temos a responsabilidade de combater a desinformação – empresas de tecnologia, organizações de mídia, instituições de ensino e governos. Sabemos que, em muitos casos, os sites que espalham desinformação têm motivações econômicas, então temos atualizado nossos sistemas para reduzir esses incentivos. Recentemente, por exemplo, fizemos uma atualização no Feed de Notícias para reduzir a distribuição de matérias com manchetes caça-cliques ou para sites com conteúdo de baixa qualidade. Também temos iniciativas para ajudar as pessoas a tomar decisões mais conscientes sobre o conteúdo que consomem na internet e fora dela. Há alguns meses, fizemos uma campanha de marketing no Brasil e em outros países, dentro do próprio Feed de Notícias, com dicas para auxiliar as pessoas a identificar notícias falsas.
Agência Brasil - Organizações defendem que o Facebook já passe a adotar as novas medidas de transparência para os anúncios publicitários. Há previsão de adoção da nova política antes do período eleitoral?
Facebook - Estamos comprometidos em aumentar a transparência dos anúncios políticos em todo o mundo, e recentemente anunciamos medidas concretas para dar mais informação às pessoas sobre os anúncios que elas veem. Também estamos eliminando contas falsas, que muitas vezes estão associadas a conteúdos enganosos, e cooperando com autoridades eleitorais. Esperamos tomar medidas também no Brasil. Vale reforçar que todo conteúdo patrocinado hoje já aparece destacado dessa forma na plataforma. Além disso, todas as pessoas podem clicar no menu lateral do anúncio e, em seguida, em "Por que estou vendo isso?" para entender os detalhes que fizeram aquele anúncio estar no feed. As pessoas que acessam o Facebook também podem editar as preferências de anúncio para definir que tipo de produto ou serviço querem ver.
Agência Brasil - Dar mais transparência aos algoritmos e anúncios patrocinados no Facebook e exigir mais critérios para aberturas de contas não seriam formas de evitar a atuação de robôs?
Facebook - Nossas políticas não permitem perfis falsos. Temos aperfeiçoado nossos sistemas e desenvolvido soluções para melhor identificar e remover contas falsas e todo o conteúdo relacionado a elas.
Agência Brasil - De acordo com a política da companhia, os dados pessoais dos cidadãos que usam o Facebook podem ser vendidos para políticos ou empresas?
Facebook - O Facebook não vende nenhum dado das pessoas. Temos políticas de dados claras que dizem que tudo o que uma pessoa publica no Facebook é de propriedade dela. Os dados utilizados para segmentação de anúncios no Facebook são anonimizados e coletivos, ou seja, um anunciante não tem acesso a informações específicas sobre uma única pessoa em nossa plataforma.
Agência Brasil - O Facebook adota medidas para evitar a criação artificial de likes (curtidas), por exemplo?
Facebook - Uma interação falsa com uma página significa menos interações reais com o conteúdo, e isso pode prejudicar o alcance delas. A compra e a venda de curtidas ou seguidores são atividades fraudulentas e, portanto, não são permitidas na plataforma. Quando atividades fraudulentas como essas são detectadas, as contas associadas a essas ações são removidas.
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