Sábado, 14 de outubro de 2017 - 17h52
247 - A mídia brasileira noticia que o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula junto ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, não deve ser analisado este ano.
Os advogados de Lula no caso, Cristiano Zanin Martins e Geoffrey Robertson, denunciam que o juiz Sergio Moro é parcial e que o ex-presidente é vítima de uma perseguição judicial no Brasil.
Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, comenta que o adiamento da decisão pode mudar a história. Leia um trecho de seu post:
Para o Brasil, será um dos maiores vexames internacionais da história. E até comercialmente o país perderá. Quem quer fazer negócios com um país em que o sistema de Justiça manipula decisões sob interesses políticos?
Para o caso de Lula ser aceito terá que ser analisado por 18 peritos independentes do Comitê de Direitos Humanos, que se reúnem três vezes por ano.
Tudo isso ocorrerá muito mais perto da eleição de 2018, o que será muito melhor para Lula eleitoralmente se a ONU aceitar o caso dele porque lhe dará o argumento de que “até a ONU sabe” que está sendo perseguido.
Nas não é só isso.
Se o caso fosse julgado na próxima semana e a Justiça brasileira fosse considerada tendenciosa e inconfiável, até que o TRF4 julgasse Lula em segunda instância transcorreria quase um ano, tempo suficiente para todos esquecessem o ocorrido. Com essa mudança de calendário, tudo muda.
A ONU vai julgar as denúncias contra o Brasil paralelamente ao julgamento da primeira condenação de Lula em segunda instância pelo TRF4. A Corte brasileira saberá que sua decisão estará sendo acompanhada pelo mundo.
O adiamento do julgamento do Brasil pelo Alto Comissariado da Organização das Nações Uunidas para os Direitos Humanos é, sem dúvida, a melhor notícia que o ex-presidente recebeu em muito tempo, pois pode mudar sua história.
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