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Política - Nacional

Padilha e Moreira também estão no quadrilhão de Temer


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André Richter - Repórter da Agência Brasil

denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada ontem (14) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita também ministros e ex-deputados do PMDB. Todos são acusados por Janot dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Entre membros do partido denunciados por organização criminosa estão os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures. Os ministros da Casa Civil Eliseu Padilha e da secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, também foram alvo da PGR.

De acordo com o procurador, Temer e os membros do PMDB  participaram de um suposto esquema de corrupção envolvendo integrantes do partido na Câmara dos Deputados com objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos da administração pública.

Na acusação sobre obstrução de Justiça, Janot sustenta que Temer atuou para comprar o silêncio do doleiro Lúcio Funaro, um dos delatores nas investigações e que teria sido o operador do suposto esquema. A suposta interferência teria ocorrido por meio dos empresários da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud, que também são acusados do mesmo crime.

Presos

Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima estão presos após investigações da Operação Lava Jato. Cunha está preso em Curitiba, por ordem do juiz Sérgio Moro, desde 19 de outubro de 2016. Em março de 2017 foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas e, em 18 de maio de 2017, teve novo mandado de prisão expedido pela Justiça.

Eduardo Alves foi preso preventivamente no dia 6 de junho de 2017 pela Polícia Federal na Operação Manus, que investigava corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima voltou a ser preso, na última sexta-feira (8), em Salvador, três dias após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 51 milhões, atribuídos a ele, em um apartamento. Anteriormente, ele havia sido preso preventivamente no dia 3 de julho de 2017, na Operação Greenfield, que investiga desvio de fundos de pensão.

O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures foi preso pela Polícia Federal em 3 de junho de 2017, durante a Operação Patmos, após receber uma mala com R$ 500 mil entregue por Ricardo Saud, executivo da J&F.

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