Quarta-feira, 8 de novembro de 2017 - 21h10
247 - A nomeação do delegado Fernando Segovia para comandar a Polícia Federal foi pessoalmente patrocinada por Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil de Michel Temer, apenas horas depois de a Polícia Federal ter encontrado R$ 51 milhões em um apartamento na Bahia atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), na maior apreensão de dinheiro em espécie da história.
Segundo reportagem de Camila Matoso e Marina Dias, da Folha de S. Paulo, na cúpula da PF, as articulações de Padilha foram compreendidas como se ele estivesse com receio de onde as investigações poderiam chegar.
A pressão do ministro da Casa Civil em prol de Segóvia irritou o ministro da Justiça, Torquato Jardim, que inicialmente defendia o nome de Rogério Galloro -número dois da PF- para o lugar de Leandro Daiello.
Nos bastidores, o ministro da Justiça explicou que seu recuo se devia à grande especulação para nomear Segóvia e acertou a permanência de Daiello para que isso não ocorresse.
Segundo auxiliares de Temer, porém, o presidente havia decidido por Segóvia após ter sido aconselhado por diversos aliados políticos que esperavam uma mudança de perfil da PF no comando das investigações.
Fernando Segóvia foi superintendente da PF no Maranhão e é ligado ao ex-presidente José Sarney, que também apelou junto a Temer por sua nomeação.
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