Quinta-feira, 7 de setembro de 2017 - 09h08
247 - Numa declaração impressionante, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci disse em depoimento nesta quarta-feira 6 que a descoberta do pré-sal fez mal para o Brasil.
Atualmente, mais da metade da produção brasileira de petróleo bem do pré-sal, que é cobiçado por multinacionais do mundo inteiro.
"O pré-sal foi um dos grandes males para o Brasil", disse Palocci, que está preso e em negociação para um acordo de delação premiada.
Segundo ele, o governo não soube "lidar com a riqueza" e o pré-sal acabou se tornando um grande problema.
"Porque se fez todo tipo de iniciativa, de processo sem controle, sem estudos adequados, sem cálculos adequados. E muitos projetos acabaram não saindo do papel", afirmou.
O discurso de Palocci, na prática, atende interesses estratégicos das forças que patrocinaram o golpe de 2016 e estão interessadas na tomada das reservas brasileiras.
Palocci também fez acusações contra o ex-presidente Lula em referência a propinas recebidas da Odebrecht e ao caso do terreno onde seria construído o Instituto Lula.
Confira acima o vídeo em que Palocci faz a declaração sobre o pré-sal e a seguir a resposta do Instituto Lula:
INSTITUTO LULA - NOTA À IMPRENSA
A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula.
Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro. A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal "planilha", mesmo Palocci diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que "acha" que se refere a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.
Palocci falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas.
Marcelo, por sua vez, diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado isso para Lula.
O réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e locatário não se confunde com propriedade oculta.
Processos fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.
O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.
Assessoria de Imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
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