Segunda-feira, 11 de junho de 2018 - 08h55
A convocação veio do papa Francisco: se unirem para intensificar os esforços e consolidar ainda mais o compromisso na construção de uma cultura do encontro. Foi com esse chamado que as pastorais e organismos vinculados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que atuam com a causa migratória prepararam a 33ª Semana Nacional do Migrante, que acontece de 17 a 24 de junho em todo o país, com o tema “A vida é feita de encontros” e o lema “Braços abertos sem medo para acolher!”.
Além das pastorais e organismos da CNBB, outras instituições ligadas ao atendimento e acompanhamento de migrantes e refugiados colaboraram com o Serviço Pastoral do Migrante e a Cáritas Brasileira nesta ocasião.
O bispo de Pesqueira e referencial do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, dom José Luiz Ferreira Sales, considera que, para a Igreja, é muito importante reforçar os direitos dos migrantes, refugiados e das diversas categorias migratórias: “Esse dever-desafio encontra sentido quando denunciamos, por exemplo, o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, uma vez que, não podemos, em hipótese alguma, permitir tais violações”.
O objetivo é promover a “cultura do encontro”, tão motivada pelo papa Francisco, “fazendo crescer os espaços e as oportunidades para que os imigrantes e as comunidades locais possam se reunir, dialogar e passar à ação”, de acordo com a proposta divulgada.
A edição deste ano está em sintonia com a campanha mundial da Cáritas “Compartilhe a viagem”, dedicada à sensibilização e à informação sobre imigração e refúgio. “O convite é para ir ao encontro, como gesto natural dos crentes que vivem uma fé Igreja em saída, para abraçar, escutar, apoiar, dar a mão, compartilhar trajetórias, alegrias, dores e fazer-se próximo”, afirmam os organizadores.
“A campanha ‘Compartilhe a viagem’ propõe incentivar as pessoas, homens, mulheres, crianças e jovens, de todos os credos e religiões, para irem ao encontro dos migrantes, colaborando na construção de uma cultura de Paz, a partir das histórias de vida e da diversidade cultural dos migrantes. Por isso, é importante enxergar os migrantes como oportunidade no projeto de reconstrução das sociedades”, situa o arcebispo de Aracaju e presidente da Cáritas Brasileira, dom João José Costa.
Materiais
Vários materiais foram preparados e distribuídos aos agentes que atuam no âmbito da Pastoral da Mobilidade Humana: o texto-base e roteiros para círculos bíblicos, roda de conversa e celebração ecumênica.
O texto-base aborda a realidade migratória atual, oferecendo reflexões e apontando os desafios e oportunidades. O livreto com os círculos bíblicos tem quatro encontros centrados na partilha. A roda de conversa é proposta a partir de dois encontros tendo como pauta a oferta de condições dignas de acolhimento aos que passam por deslocamentos forçados.
Por fim, o roteiro de celebração ecumênica propõe como itinerário bíblico uma leitura do livro do profeta Isaías (49, 1-6), o Salmo 138 (139), uma segunda leitura extraída do Atos dos Apóstolos (13, 22-26) e o Evangelho de São Lucas (1, 57-66.80).
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