Quarta-feira, 9 de julho de 2008 - 17h56
Senadores do governo e oposição defendem Gilmar Mendes nas críticas à Polícia Federal
Marcos Chagas
Agência Brasil
Brasília - Senadores da base do governo e da oposição saíram em defesa, hoje (9), do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que criticou a forma como a Polícia Federal conduziu a Operação Satiagraha, que levou para a prisão o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Coube ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), abrir uma sequência de depoimentos contra excessos, que teriam sido praticados pela Polícia Federal durante a operação, como a filmagem por uma emissora de televisão e o uso de algemas.
Em nenhum momento, os senadores criticaram a operação em si, mas a exposição pública das pessoas investigadas. "Foi uma crítica à forma e não ao conteúdo", resumiu Romeu Tuma (PTB-SP).
No mesmo tom de Sérgio Guerra, os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), Tião Viana (PT-AC) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) o sucederam criticando excessos que teriam sido praticados pela Polícia Federal durante a realização da operação Satiagraha. Esses excessos, segundo eles, se deram na medida em que a PF permitiu que uma emissora de televisão filmasse as prisões realizadas.
"Não podemos nos calar quando há atividades policialescas", disse Tasso Jereissati. No mesmo tom o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), destacou que o importante, na discussão, é deixar claro que o desejo dos senadores é que a lei "seja posta em prática para ricos e pobres".
Já o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto, considerou "meritória" a ação da Polícia Federal, mas fez a ressalva sobre o que considera uma "quebra do Estado de Direito" que foi a permissão de filmagens da operação. "Por que TV? Por que essa idéia que se passa de Estado Policial?", questionou.
O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana, considera que, ao agir dessa forma, a Polícia Federal cria um "estigma" de que todo agente público é bandido. Ele considerou fundamental que o Parlamento fortaleça, neste momento, "a autoridade do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes".
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), por sua vez, saiu em defesa da Polícia Federal e pediu que os senadores reflitam sobre "um sentimento" que toma conta da população de que a elite nunca é atingida. "Vocês já se deram conta de quantas vezes policiais entram nos morros, matando, e ninguém [no Senado] protesta?", indagou o senador peemedebista.
Sua atitude gerou desconforto entre os colegas. O tucano Arthur Virgílio foi a tribuna rebater as declarações de Simon. Segundo ele, da forma como o parlamentar fez sua colocação, passa-se para a opinião pública a idéia de que Simon seria "o único cavaleiro andante que está sempre do lado justo, honesto, contra os outros 80 senadores".
Diante das críticas de Arthur Virgílio, o senador Pedro Simon foi a tribuna para reafirmar que apóia a ação da Polícia Federal mas que, como os colegas, é contra a participação de uma emissora de TV na operação.
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