Quarta-feira, 12 de outubro de 2011 - 16h08
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), em discurso ontem terça-feira (11), mais uma vez conclamou a sociedade a participar das manifestações populares contra a corrupção que ocorrerão em vários estados no feriado de 12 de outubro. Segundo disse, a medida que separa o país que queremos do país que temos é justamente a corrupção, responsável pelo desvio de bilhões em recursos que deveriam fortalecer a saúde, a educação, a segurança.
O parlamentar traçou um histórico das manifestações populares ocorridas no país, desde a luta pela anistia e a volta das eleições diretas, pela eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República e pela eleição da Assembléia Nacional Constituinte até chegar aos caras-pintadas e ao impeachment que mudaram o curso da história do país.
Pedro Simon disse que hoje, "cansada de tanta dor pela falta de atendimento nos hospitais, pela escuridão do analfabetismo, pela violência, a população voltou a se manifestar", primeiro pedindo a aprovação da Lei da Ficha Limpa e, depois, indo às ruas contra a corrupção.
A exemplo de Martin Luther King, Simon disse também ter um sonho, "o de viver em um país em que os políticos sejam realmente representantes das aspirações do seu povo e não seus usurpadores e em que a vontade coletiva ocupe o lugar dos interesses individuais; um país sem impunidade, onde a lei seja cumprida por todos os segmentos da população e onde os recursos sejam partilhados com todos, de acordo com as suas necessidades, e não apropriados por poucos que se locupletam no poder".
- Para que meu sonho se transforme em realidade e que alcancemos, enfim, o país que queremos, eu tenho fé no fim da impunidade e no fim da corrupção - disse.
Simon conclamou todos a sair de casa nesta quarta-feira, e afirmou que cumprir os deveres de cidadão - trabalhando, estudando, pagando impostos e sendo honesto - não é suficiente nesse momento, e que os cidadãos precisam fazer um pouco mais para ajudar o conjunto da sociedade em uma caminhada pacífica, ordeira e que poderá permitir ao país o retorno de valores como ética, moral, dignidade, família, escola, fé.
- Saia de casa, meu irmão! Vá até a próxima esquina, onde estarão reunidos. Só a sua presença, seu olhar sério, duro já é um sinal de que estamos começando. E a melhor maneira de começar é estar presente dizendo: Aqui, estou. Se tu me chamas, minha Pátria, aqui estou para começar - disse.
Fonte: Agência Senado
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