Terça-feira, 6 de março de 2018 - 15h07
247 - Primeiro a votar no julgamento do habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro relator, Félix Fischer, negou o recurso que preveniria o ex-presidente Lula de ser preso.
O ministro disse que a pena pode, sim, ser executada após o esgotamento dos recursos em segunda instância.
O placar no STJ é de 4 a 0, com a negativa do HC também pelos ministros Jorge Mussi e Reynaldo Soares, que seguiram o relator. O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas votou pelo conhecimento parcial do pedido, mas de negação do habeas corpus.
A sentença de Lula no TRF4, de Porto Alegre, que confirmou a condenação no caso do triplex, foi de 12 anos e um mês de prisão.
STJ começa a julgar pedido de Lula para evitar prisão após segunda instância
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar o mérito de um habeas corpus preventivo para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Devido à atenção em torno do pedido, pela primeira vez em sua história a corte transmite uma sessão ao vivo pela internet.
Na ação, os advogados se anteciparam à decisão da segunda instância da Justiça Federal, que pode determinar a execução provisória da sentença que condenou o ex-presidente a 12 anos e um mês de prisão, na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP).
Na sessão, iniciada pouco depois das 13h, os ministros julgam a validade da decisão liminar do vice-presidente do STJ, ministro Humberto Martins, que negou o mesmo pedido dos advogados, no dia 30 de janeiro.
A possibilidade de prisão, para execução provisória da condenação do ex-presidente, ocorre em função do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que validou, em 2016, prisão de condenados pela segunda instância da Justiça, mesmo cabendo recurso aos tribunais superiores.
No dia 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, confirmou a condenação de Lula, pelo juiz Sergio Moro, na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP) e aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão.
Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal.
Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão, e, dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso. A previsão é de que o recurso seja julgado até o final de abril.
A Quinta Turma do tribunal é formada pelos ministros Felix Fischer, Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornick.
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